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Marcio Macêdo

Acabar com a fome é uma missão do governo do presidente Lula

Estamos reconstruindo as pontes com a sociedade civil desde o primeiro dia de governo

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Márcio Macêdo

Ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República

O Brasil reassumiu o compromisso de ajudar o mundo a construir um novo modelo de desenvolvimento. No mês passado, reafirmamos a meta na Cúpula dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York. Dois dos 17 ODS são baseados na experiência brasileira de nossos governos anteriores: Fome Zero e agricultura sustentável e a erradicação da pobreza. Os ODS foram abandonados, em nosso país, nos últimos quatro anos. Agora voltam a ser orientação de governo e o presidente Lula tem como objetivo central nessa gestão atual tirar o Brasil do Mapa da Fome outra vez.

Desde a semana passada, a FAO, Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, comanda, em Roma, eventos para chamar a atenção de todos os países para a conexão entre alimentação de qualidade, segurança alimentar e justiça social e econômica.

Lula em discurso em evento na FAO em 2015 - Tiziana Fabi - 6.jun.15/AFP

Representando o governo brasileiro, participei do Fórum Mundial de Alimentos. Entre os temas centrais estão a participação da juventude global na transformação dos sistemas agroalimentares e o diálogo com a sociedade civil para a construção de sistemas alimentares mais resilientes.

Por determinação do presidente da República, as pontes entre governo e sociedade civil organizada estão sendo reconstruídas desde o primeiro dia deste governo. O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) foi recriado. A Secretaria Nacional da Juventude foi reestruturada. Com a coordenação da Secretaria-Geral da Presidência da República, estamos organizando as Conferências Nacionais de Segurança Alimentar e da Juventude, a serem realizadas em dezembro, que trarão experiências de sucesso dos movimentos sociais e sugestões do nosso povo para traçar novas estratégias e políticas públicas. Foi uma das mensagens do Brasil à FAO e à ONU.

Agora, neste começo de semana, Roma também sediará a 51ª. Sessão Plenária do Comitê de Segurança Alimentar, o CSA, da ONU. Estaremos presentes com uma comitiva brasileira. O CSA é a principal plataforma internacional que reúne atores sociais e governamentais com o objetivo de eliminar a fome e prover segurança alimentar para todos no planeta. Um trabalho duro e que ganha contornos ainda mais desafiadores no cenário atual de guerras.

A estimativa da própria ONU é que mais de 700 milhões de pessoas, em todo o mundo, não têm o mínimo para saciar a fome. No Brasil, começamos o governo com a informação de que cerca de 33 milhões de pessoas estavam em insegurança alimentar e na extrema pobreza. Um imenso retrocesso.

O presidente Lula lançou o Brasil sem Fome, recriamos e reforçamos outros programas: o Bolsa Família –que atende 54 milhões de pessoas—, o Programa de Aquisição de Alimentos —PAA, que chega aos mais vulneráveis econômica e socialmente. Garantimos mais recursos aos programas de estímulo e financiamento à agricultura familiar, à produção de alimentos para a mesa dos brasileiros. Em breve devemos ter o primeiro dado oficial do impacto dessas políticas na vida das famílias brasileiras.

A batalha contra a fome também passa pelo fortalecimento de políticas de combate às desigualdades e pela responsabilidade de preservar a sociobiodiversidade de cada país. O Brasil retoma seu papel nesses debates para voltarmos a fazer parte da solução das grandes questões internacionais.

A Agenda 2030 é o compromisso dos países que fazem parte da ONU em alcançar os ODS ainda nesta década. O mundo que queremos é aquele que acolherá com dignidade todos os seus habitantes.

É por isso que convidamos todas as brasileiras e brasileiros para uma grande mobilização nacional para fortalecer um novo modelo de desenvolvimento sustentável, para que nenhum brasileiro tenha mais que pedir por um prato de comida, por um modelo que promova uma nova relação da humanidade com a natureza, elimine as desigualdades sociais e fortaleça a democracia.

Outro mundo é necessário e possível se estivermos todos juntos nessa mesma construção.

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