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Landon Loomis

O papel do Brasil na indústria aeroespacial

Acreditamos na sua engenhosidade e criatividade

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Landon Loomis

Presidente para América Latina e Caribe e vice-presidente de Política Global da Boeing

Alcançar o aparentemente impossível por meio da cooperação é a base da indústria aeroespacial. Há um século nossa indústria se une para resolver desafios que revolucionaram as viagens aéreas modernas, nos permitindo explorar nosso mundo e além. Hoje estamos em outro momento histórico crucial.

O fato que mais impacta nossa indústria atualmente é a demanda incrivelmente robusta. Isso representa uma grande oportunidade para o Brasil avançar globalmente suas enraizadas capacidades aeroespaciais.

Landon Loomis, presidente para América Latina e Caribe e vice-presidente de Política Global da Boeing, em seu escritório em São José dos Campos (SP)
Landon Loomis, presidente para América Latina e Caribe e vice-presidente de Política Global da Boeing, em seu escritório em São José dos Campos (SP) - Gabriel Araujo - 10.out.23/Reuters

A presença e as parcerias em expansão da Boeing no Brasil inserirão o país em um novo e maior mercado global de aviões comerciais, avaliado em mais de US$ 8 trilhões nos próximos 20 anos.
Parcerias com o Brasil nos mercados globais significam trabalhar em estreita colaboração com parceiros locais para fortalecer o ecossistema de aviação local. É por isso que assinamos um memorando de entendimento com o estado de São Paulo, lançamos um programa de estágio e expandimos a cooperação em sustentabilidade com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Investimos pesadamente para manter nossa posição como a principal empresa de engenharia aeroespacial do mundo e para ultrapassar os limites da tecnologia aeroespacial, engajamos engenheiros, cientistas e técnicos talentosos.

Com a recente abertura de nosso centro de engenharia em São José dos Campos (SP), engenheiros brasileiros se unem a uma rede internacional de 15 hubs de inovação. Cerca de 15% de nossos 17 mil engenheiros estão fora dos Estados Unidos. Queremos que essa porcentagem chegue a 20%, expandindo em países como o Brasil.

Investimos consideravelmente e no longo prazo no Brasil, porque acreditamos na engenhosidade brasileira, na criatividade e na paixão do país pela aviação. Estamos aqui há quase um século. Conhecemos a excelência. Conhecemos o espírito inovador. Sabemos que nenhum país está mais bem posicionado para apoiar nossa indústria a enfrentar seus desafios.

As viagens aéreas de próxima geração serão mais tecnológicas e sustentáveis. Companhias aéreas e fabricantes correm para cumprir o ambicioso compromisso da indústria da aviação de alcançar emissões líquidas zero até 2050.

Esse desafio é uma chance para o Brasil ser líder, especialmente na área de combustíveis sustentáveis de aviação (SAF). Recentemente, expandimos a colaboração com a Unicamp através da qual criamos um banco de dados que mapeia onde há matérias-primas sustentáveis e promissoras no Brasil.

Desenvolver jovens talentos também é fundamental para expandir e qualificar a força de trabalho no Brasil na área aeroespacial. A partir de 2024, estudantes de engenharia aplicarão conhecimentos em um ambiente global e multicultural em nosso primeiro programa de estágio.

O acordo com o estado de São Paulo também inclui aprimorar e fortalecer o pipeline de talentos aeroespaciais do Brasil para apoiar uma indústria mais diversa, inclusiva e representativa, com perspectivas e ideias inovadoras. O memorando prevê ainda incentivar a industrialização e a inovação em um ambiente de progresso e desenvolvimento.

Estamos preparados para continuar colaborando com o Brasil, apoiando seu setor aeroespacial para que o país mantenha a conectividade global e siga na vanguarda dos avanços empolgantes e estratégicos da indústria.

TENDÊNCIAS / DEBATES
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