Coronel Lima não mostra saúde debilitada para ilegalidades, diz leitor

Preso na Operação Skala, amigo de Temer alegou problemas psicológicos para não prestar depoimento

Caravana de Lula
Se realmente fosse um atentado, não se daria uns tirinhos na carroceria do ônibus, mas sim metralhariam as janelas. Este ato polarizou toda a mídia. O PT alcançou o objetivo (“Dois ônibus da caravana de Lula são atingidos por quatro tiros no Paraná”, Poder, 27/03).

Valdemar Kuniy (São Paulo, SP)

Vocabulário sexual
Caro Sérgio Rodrigues, perdão, mas a palavra “minete” já fez parte da língua portuguesa pelo menos em Santos, minha cidade natal (“O minete e a língua”, Cotidiano, 29/3). Debruçada numa janela da rua da Constituição, lá por volta de 1958/60, uma profissional oferecia seus serviços repetindo, monotonamente: “Chicharim, minete, buchê...”. Nós, meninos santistas, sabíamos que, num francês arrevesado, a moça se propunha a fazer chicharim, o sexo anal; minete, o cunilingus; e buchê, a felação, hoje “boquete”.

Pedro Bandeira, escritor (São Paulo, SP)

Militar
O coronel Lima, amigo pessoal de Michel Temer, é uma figura folclórica. Todo enrolado com maracutaias e agindo em nome do chefe, quando juridicamente acionado, tem todo tipo de chilique e doenças fajutas. Porém, para cometer ilícitos, está firme e forte. Cadeia nele e punição militar exemplar. Envergonha as Forças Armadas (“Coronel amigo de Temer alega problemas psicológicos ao se negar a depor”, Poder, 30/01).

Paulo Henrique Coimbra (Rio de Janeiro, RJ)

1964
Foi com o golpe de 1964 que vislumbrou-se que a permanência no poder, via exclusão social, alienação e o consequente “Tem que manter isso, viu?”, era aprimorar a crescente deterioração do sistema educacional e cultural, aliado à privação das necessidades humanas mais elementares, como alimentação, moradia e saúde. Vale lembrar que os militares são educados para cumprirem cegamente as ordens e não para pensar, dialogar e refletir.

Anete Araujo Guedes (Belo Horizonte, MG)

Palestina
O mundo anda muito triste, vejam a Faixa de Gaza, um quintal de intolerância e ódio. A razão não pertence a ninguém, os donos da verdade são o amor, a paz e a sabedoria. A guerra entre vizinhos é, antes de mais nada, uma incompreensível e fragorosa derrota humana (“Confrontos em Gaza deixam 16 mortos”, Mundo, 31/03).

Ricardo C. Siqueira (Niterói, RJ)

Trem Atrasado
Me veio à memória a promessa de construção de um trem bala entre o Rio de janeiro e a capital paulista, feita pelo governo Dilma. Tentei calcular quantos séculos serão precisos para a concretização da sonhada ligação ferroviária entre as duas maiores cidades do país, tomando como parâmetro o atraso da entrega da obra inaugurada pelo governador de São Paulo. Desisti da operação, dada a sua complexidade (“Alckmin entrega com 14 anos de atraso trem para Cumbica”, Cotidiano, 31/03).

José Elias Aiex Neto (Foz do Iguaçu, PR)
 

Colunistas
Em direito, presunção significa julgamento feito a partir de indícios, é uma hipótese considerada verdadeira até que se prove o contrário, portanto é própria da segunda instância, já que trânsito em julgado é o final de um processo, quando foram esgotados todos os argumentos da defesa do réu. O modelo de prisão antes do trânsito em julgado é utilizado em vários países. Assim, pode-se considerar ser desnecessário proceder a um duplo twist carpado hermenêutico para conciliar o texto legal com a execução provisória das penas, como propõe Hélio Schwartsman (“A hora da prisão”, Opinião, 30/3).

João Henrique Rieder (São Paulo, SP)

 

Interessante a perspectiva de André Singer. Quando finalmente (e justificadamente) as atenções da Justiça voltam-se a  Michel Temer, o colunista consegue encontrar até nisso uma conspiração do “Partido da Justiça” (sic) para tirar a atenção do atentado ao ex-presidente Lula e de seu julgamento. Singer deveria tomar cuidado para que suas ideias não se tornem tão fantasiosas como agora, o que pode escancarar sua completa falta de conexão com a realidade (“Entre tiros e togas”, Opinião, 31/03).

Luiz Daniel de Campos (São Paulo, SP)

 

A democracia está sendo contornada pelo mecanismo do vice. São Paulo será governado por um vice-governador, um vice-prefeito e um vice-presidente, nenhum deles diretamente eleito para o cargo. O Brasil deveria acabar com o famigerado voto casado. Na eleição o cidadão não tem a opção de escolher o vice, isso não é democrático. A figura do vice deveria ser extinta, o substituto deveria ser o próximo na linha sucessória, ou seja, o presidente da Câmara. Simples, democrático e economizaria uma fortuna aos cofres públicos (“República dos vices”, Opinião, 31/03). 

Mário Barilá Filho (São Paulo, SP)

Dias Melhores
Belo relato do sempre notável Clóvis Rossi sobre a cirurgia no coração de Francis Joseph, nascido em Israel em 2014 (“Técnica criada por Adib Jatene salva bebê em Jerusalém”, Ciência, 29/03). O menino foi salvo graças à competência de médicos israelenses de dois hospitais, um do lado árabe e outro do lado judaico, que utilizaram a técnica inventada pelo saudoso doutor Adib Jatene. Oxalá esse belo exemplo de cooperação possa inspirar muitas outras iniciativas científicas na ciência em prol da paz mundo afora. 

Júlio César Passos, Professor da UFSC (Florianópolis, SC)
 

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