'Só faltou dizer que sou velho de pijamas', afirma Alberto Goldman

Ex-governador de SP responde a críticas feitas por presidente da Assembleia Legislativa

Alberto Goldman, ex-governador de São Paulo, durante convenção nacional do PSDB, em dezembro de 2017
Alberto Goldman, ex-governador de São Paulo, durante convenção nacional do PSDB, em dezembro de 2017 - Pedro Ladeira - 9.dez.17/Folhapress
 

Goldman e Doria

Em seu texto (“Gol contra”), Cauê Macris, em nome de João Doria, mostra que não entende de democracia. Sem responder a minhas críticas à atuação de Doria, reage me acusando de atuar como infiltrado, funcionário do governo Márcio França. Ignora que sou conselheiro de uma fundação estadual nomeado por Geraldo Alckmin. Quer negar meu direito de expressar opiniões por serem, segundo ele, “minoritárias”, e repete chavões mentirosos do candidato sobre realizações na prefeitura. Só faltou dizer que sou velho de pijamas.

Alberto Goldman, ex-governador de São Paulo


Aborto

Perfeita a colocação da Folha sobre o aborto (“Aborto em pauta”). Espero realmente que essa questão seja resolvida, para que tantas mortes sejam evitadas. Chega de hipocrisia.

Elisabete B. S. Bueno (Bragança Paulista, SP)

 

Em editorial, a Folha defende a descriminalização da interrupção da gravidez em seus estágios iniciais, mas afirma que o STF não seria a via ideal para lograr essa “desejável providência”. Discordamos. No caso do direito ao aborto legal e seguro, o STF deve auferir se a legislação vigente (Código Penal) está ou não violando os preceitos constitucionais. Se confirmada tal violação, como sustentamos, a corte tem toda a legitimidade para garantir o exercício das normas constitucionais aplicáveis.

Juana Kweitel, diretora-executiva da Conectas Direitos Humanos

 

Não seria melhor e mais econômico distribuir a pílula do dia seguinte e anticoncepcionais e realizar uma campanha permanente de prevenção à gravidez indesejável (“SUS gasta R$ 500 mi com abortos inseguros”)?

Carlos Eduardo Gomes (Santos, SP)


Robotização

A quem interessa a perda de emprego e de renda em sociedades muito robotizadas? Há que deter o avanço da tecnologia até que ponto? Ninguém pode escapar da discussão. Espero que despertemos logo, para que não fiquemos discutindo assuntos menores da reforma trabalhista enquanto o robô come a matéria-prima que mais faltará, o trabalho humano (“Seu emprego vai para um robô”).

Marly A. Cardone, advogada e presidente do Instituto Brasileiro de Direito Social Cesarino Junior


Procurador da Lava Jato

Carlos Fernando dos Santos Lima chama a PF de “a porta dos fundos” para a realização do acordo de colaboração premiada, mas não cita que todo acordo depende de homologação judicial, o que torna a sua origem o fator menos preocupante (“Polícia fez acordo com Palocci para provar que tinha o poder de fazer”). As polícias judiciárias são a porta de entrada do sistema de Justiça criminal. O delegado de polícia é o que dá a primeira palavra, pelo Estado, num ilícito penal. Na ânsia por mais poder, o procurador atropela a distribuição legal e constitucional de competências.

Tania Prado, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia Federal do estado de São Paulo, Raquel Kobashi Gallinati, presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do estado de São Paulo, e Gustavo Mesquita, presidente da Associação dos Delegados de Polícia do estado de São Paulo 


Hélio Bicudo

Hélio Bicudo foi um dos homens de maior coragem que o Brasil já teve. Combateu o Esquadrão da Morte, organização criminosa que atuava nos anos 1970 em São Paulo. Foi um dos criadores do PT, acreditando que poderia mudar o modo de fazer política. Teve dois mandatos de deputado federal e foi vice-prefeito da capital paulista, de onde saiu sem máculas. Rompeu com o PT, que ajudou a criar, e se tornou crítico do seu modus operandi, culminando com o impeachment de Dilma. O Brasil deve muito a ele.

Luiz Thadeu Nunes e Silva (São Luís, MA)

 

Faleceu uma figura ímpar, dono de uma coerência e retidão de caráter. Muitas vezes podíamos até discordar de suas posições, mas ele sempre foi fiel às suas convicções e intransigente com os desvios de conduta de políticos. Pessoas como Hélio Bicudo deveriam viver para sempre. Esperamos que seu exemplo frutifique e ajude o Brasil a voltar a trilhar os caminhos da honestidade e da boa e saudável política.

Luiz Antonio Alves de Souza (São Paulo, SP)

 

Nestes tempos de radicalização e intolerância, era alguém que se importava com a ética e os valores humanos, que alguns infelizmente tendem a ignorar em nome da suposta segurança e ordem.

Roberto Ken Nakayama (São Paulo, SP)


 

​​Neymar

O camisa dez da seleção brasileira deita e rola na propaganda. Na hora errada, como sempre (“Contrato que garantiu comercial de Neymar rendeu US$ 7 mi ao atacante”).

José Marcos Thalenberg (São Paulo, SP)


Semicultos

Muito oportuno o texto do filósofo Paulo Ghiraldelli (“Emburrecimento seletivo”), principalmente em tempos de informação barata, rápida e acessível, tanto para quem a consome como para quem a produz. O autor atenta para uma figura que surge fazendo muitos estragos, os semicultos. Penso que ao intitulá-los assim, ele lhes dá uma relevância involuntária. O prefixo “semi” acaba conferindo uma ideia de cultos em desenvolvimento, aspirantes à erudição. 

Luciano Ladeia Prates (Governador Valadares, MG)

 

Excelente o artigo sobre o amontoado de semicultos na influência e condução das massas. É endêmica a aderência aos semicultos, que se aproveitam da ignorância crassa de uma legião e da imobilidade dos realmente cultos. O que revela também uma outra ignorância.

Paulo Ernesto Marques (Taubaté, SP)


Extinção

O professor Max Cardoso Langer, do alto de sua sapiência, só não constatou ainda o óbvio: a sexta extinção em massa no planeta pode vir a ser a da própria humanidade e por culpa dela mesmo (“O ambientalismo é um humanismo”).  Isso seria natural?

Gilberto F. de Lima (Osasco, SP)


‘O Fantasma da Ópera’

Entendi direito? Em um país onde pessoas morrem por falta de recursos para cuidados básicos, o governo destina R$ 28,6 milhões para o musical “O Fantasma da Ópera” (“Show do milhão”)? 

Marcos Lefevre (Curitiba, PR)


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