Leitores criticam descaso do governo com Bolsa Família

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Bolsa Família
Excelente o editorial "Pobres na fila" (Opinião, 1°/3), sobre o Bolsa Família. Enquanto o governo criou uma fila de um milhão de candidatos ao benefício, que representa 0,45% do Produto Interno Bruto --míseros R$ 190 por família--, o presidente cede ao corporativismo militar, destinando verbas para a construção de navios de guerra.
Francisco Stanguini (São Caetano do Sul, SP)

Esse editorial mexeu nas entranhas de minha alma. Não pensei que Bolsonaro, a quem dei meu voto, fosse tão cruel e insensível. Depois de dar R$ 10 bilhões à uma estatal ligada à Marinha, quer tirar R$ 2 bilhões dos miseráveis. Não se condói de saber que por sua causa há um milhão de famintos na fila para ganhar em média menos de R$ 200. Essa pequena contribuição, ridícula se comparada ao que é dado a setores empresariais, faz as crianças não abandonarem a escola, ameniza a miséria e movimenta o comércio local. Estou muito arrependida por ter-lhe dado meu voto.
Ângela Maria Bedeschi Faria (Belo Horizonte, MG)

Congresso
Reportagem da Folha mostra que os três últimos governos perderam o protagonismo para o Congresso ("Fragilidade de Dilma, Temer e Bolsonaro leva Congresso a papel de protagonismo", Poder, 1°3). Talvez, por coincidência, isso tenha ocorrido depois dos grandes escândalos, alguns até denunciados pela Folha, como foi o caso do mensalão.
Marcos de Luca Rothen (Goiânia, GO)

O maior protagonismo do Congresso tem a ver, sim, com a fragilidade de Dilma, Temer e Bolsonaro. Mas tem a ver também com a falta de qualificação de pessoas que representam o governo, o que impede um trânsito mais equânime no Congresso. E essa discussão orçamentária não atende o andar de baixo. É uma cisão palaciana. Vença A ou B, as classes C, D e E ficarão apenas assistindo.
Arlindo Carneiro Neto (São Paulo, SP)


PMs no Ceará
Sergio Moro, ministro da Justiça, foi ao Ceará dar apoio moral a policiais amotinados. O gesto pede providências legais. O ex-juiz está ofertando, de novo, motivos suficientes para novo pedido de suspeição, desta vez como membro do Executivo. Não se pode permitir que um ministro de Estado flerte com amotinados. O problema não é eles desejarem um autogolpe (alguma dúvida de que desejam?), mas a condescendência das instituições.
Humberto Miranda (Campinas, SP)

Esses policiais milicianizados são curral eleitoral de Bolsonaro. Isso explica muita coisa.
Victor Medeiros (Rio de Janeiro, RJ)

Mônica Bergamo
Não acredito que a coluna "Mônica Bergamo" não tinha ninguém mais interessante do que essa senhora Antonia Fontenelle para entrevistar no domingo ("Bolsonaro é um cara que chora e se sente sozinho"). Nunca havia ouvido falar dela --nem precisava.
Tereza Rodrigues (São Paulo, SP)

Antonia Fontenelle no camarote "Arpoador" na Sapucaí - AgNews

Inspiração chavista
Muito bem colocada a opinião de Demétrio Magnoli no artigo "Com fórmula 'Povo e Exército', Bolsonaro inspira-se no chavismo para ensaiar ruptura institucional" (Poder, 29/2). Temerária a inércia do Congresso e do STF.
Patrícia Pettinelli (Bragança Paulista, SP)

Juros, câmbio etc.
Parabéns ao professor Luiz Carlos Bresser-Pereira ("Paulo Guedes, um novo desenvolvimentista?", "Tendências / Debates", 1°/3) pela lúcidas lições ao ultraneoliberal Paulo Guedes. Faltou trazer ao debate os ataques feitos aos trabalhadores e trabalhadoras e a questão do desemprego. Trabalhadores chutados para o mundo informal e de baixíssima renda, desempregados e "desalentados" (como denomina o IBGE) são excluídos da economia, do PIB e dos princípios constitucionais.
René Mendes, pesquisador do Instituto de Estudos Avançados-USP (São Paulo, SP)


Não, a economia do Brasil não vai de mal a pior ("Estrangeiro sai da Bolsa em velocidade recorde e tira R$ 34,9 bi em janeiro e fevereiro", Mercado, 29/2). Ou, se preferirem, todas as Bolsas do mundo é que estão indo de mal a pior em virtude do surto de coronavírus. Elas já perderam, em dois meses, US$ 1,2 trilhão. E deverão perder muito mais se o vírus não for contido. Só o turismo chinês, responsável por injetar bilhões de dólares na economia mundial, parou completamente.
Evandro Araújo Ferreira Filho (São Paulo, SP)

Pregão na Bolsa de Valores de Nova York em 28.fev.2020 - Wang Ying/Xinhua

Mas...
A BR-163 foi asfaltada, mas... ("Asfaltada, estrada da soja impulsiona exportação, mas permanece precária", Mercado, 1°/3). Para a Folha, sempre há um "mas". Nada está bom! Os dois repórteres constataram "vários pontos" deficientes. Em cerca de incríveis 1.500 km percorridos, quantos pontos seriam esses? Dois, vinte, cem, mil? Para a Folha, o copo está sempre meio vazio.
Arnaldo Alves da Costa Neto (Rio de Janeiro, RJ)

Zeladoria
"Covas ignorou mais da metade dos pedidos de limpeza de córrego antes de temporal" ("Painel", Poder, 29/2). Esse é o modo PSDB de governar estado e município há vários anos.
Eric Demi (São Paulo, SP)

Cantoras
Muito importante o artigo de Ruy Castro "A quebra da cadeia" (Opinião, 1º/3), em que relembra algumas das maiores cantoras brasileiras bem como os destacados compositores do século passado. Recordar é viver. Os jovens de hoje precisam conhecer a musicalidade de ontem.
Ricardo Pedreira Desio (São Paulo, SP)


Folha, 99
Parabéns pelos 99 anos da Folha, onde, em 1949, trabalhei como contínuo. Era encarregado de levar o fechamento da Folha da Tarde da rua do Carmo para o vale do Anhangabaú. Esperava a rodagem e levava uns exemplares para a Redação, antes de ela mudar para a alameda Cleveland.
Cyro Barrella (São Paulo, SP)
*
Parabéns para a Folha pelos 99 anos! Quase centenária, mas com fôlego de jovem e sabedoria de quem tem muita estrada! Parabéns a todo o time, e um viva especial para a repórter Patrícia Campos Mello.
Carina Almeida, CEO e fundadora da Textual Comunicação (São Paulo, SP)
*
Parabéns à Folha pelos 99 anos. Espero uma comemoração em grande estilo no centenário desse importante jornal, que utiliza uma linha capaz de esclarecer os fatos deste momento difícil pelo qual passa o país.
Antônio Dilson Pereira (Curitiba, PR)


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