O que será preciso para configurar racismo?, questiona leitor sobre morte no Carrefour

Leitores comentam assassinato de homem negro em Porto Alegre

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Racismo

Homem negro é espancado até a morte por seguranças do Carrefour” (Cotidiano, 21/11). O que será preciso para configurar racismo? Que os assassinos declarem que o mataram porque ele era negro? E que se fosse branco não teriam matado? Nunca haveria crime de racismo dessa forma.

Francisco Eduardo de Carvalho Viola (São José dos Campos, SP)

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Vergonhosa a fala negacionista do vice-presidente Mourão (“No Brasil não existe racismo, querem importar, diz Mourão”, Cotidiano, 21/11). Cresci na periferia de Såo Paulo e moro nos Estados Unidos, onde sou pesquisador e professor universitário. O racismo no Brasil é tão generalizado e funesto quanto aqui. Reconhecê-lo é requisito para começarmos a superá-lo.

Cesar B. Rocha (Pawcatuck, EUA)

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Abomino toda forma de racismo e espero que a justiça chegue até esses assassinos célere e firmemente. Mourão não deve saber que, além de existir o racismo individual, há o racismo institucional — a lei não chega aos negros da mesma forma que chega aos brancos; o respeito por negros é diferente ao dado para o branco.

Marly Pigayani Leite (Ubatuba, SP)

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Questionado por Preta Gil sobre qual seria sua reação se seu filho namorasse uma negra, o então deputado Jair Bolsonaro expeliu o seguinte raciocínio: “Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco e meus filhos foram muito bem educados. E não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu”. Racista o presidente, racista o vice-presidente. Seja aqui, seja nos EUA.

Alberto A. Neto (Fortaleza, CE)

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Diante de tanta brutalidade, Mourão naturaliza a morte violenta de um homem negro. É esse o tipo de exemplo que os líderes do Executivo dão pra população brasileira.

Adalto Fonseca Júnior (Vitória, ES)

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O pior tipo de racismo é a negação de que ele existe. No Brasil, todos os dados sociais, policiais, econômicos etc escancaram o racismo estrutural. Só quem é negro sabe a dor de viver numa sociedade racista. Mas, para o desgoverno negacionista, ele não existe.

Beatriz Telles (São Paulo, SP)

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Presidente global do Carrefour pede revisão do treinamento de funcionários” (Mercado, 20/11). Protocolar. Muito aquém das circunstâncias. Ficou parecendo que os valores que contam são apenas os monetários.

Carlos Artur Felippe (Uberlândia, MG)

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Acobertamento de corpo e morte de cadela são outras polêmicas envolvendo o Carrefour” (Cotidiano, 20/11). São infortúnios demais que ocorrem no Carrefour para considerarmos que são apenas coincidências. Em minha opinião, tudo isso é resultado de práticas inaceitáveis determinadas pelos que comandam a empresa no Brasil. Não compro mais um único palito de fósforo nessa rede.

Ivan Mathias Filho (Rio de Janeiro, RJ)

Pandemia

Maioria prevê piora na pandemia em 2021, mostra Datafolha” (Saúde, 20/11). Mais de 60% são a favor do fechamento do comércio em caso de piora? Se essas pessoas não frequentassem bares, shoppings, academias e salões de beleza, ou pelo menos usassem máscaras de maneira adequada, certamente os números não estariam piorando. É muito fácil falar, difícil é pôr em prática.

Nicole Abud (São Paulo, SP)


Covas x Boulos

Na reta final, Covas esbarra em jovens; e Boulos, entre pobres e desempregados” (Poder, 21/11). Pelas pesquisas dá para ver que aceitar oficialmente apoio de certas pessoas e partidos pode não ser um bom negócio. Guilherme Boulos e Bruno Covas fariam melhor se caminhassem sozinhos do que com companhias carregadas de nuvens escuras.

Caubi Maciel da Nóbrega (Gravataí, RS)

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Covas abandonou SP e é sócio de Doria em projeto elitista” (Poder, 20/11). O discurso de Boulos é atrasado e reacionário. Prega lemas que já eram velhos nos anos 1970. Para essa esquerda antiga, que quer inchar a folha de pagamentos com militantes e aliados e decretar o fim da lógica matemática —como Boulos mostrou com sua absurda tese para acabar com o déficit da Previdência— só nos resta oferecer o nosso desprezo.

Edmilson Siqueira (Campinas, SP)

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É engraçado ver Guilherme Boulos dizendo que Bruno Covas é atrasado. Boulos acha que Cuba e Venezuela são democracias porque têm eleições. A rainha da Inglaterra já viu oito presidentes americanos e cinco papas serem enterrados. Viu o muro de Berlim ser levantado e derrubado. Mas nunca viu um regime socialista trazer desenvolvimento econômico e bem estar social. E o atrasado é Covas? Senhor Boulos, veja a realidade objetivamente.

Igor Cornelsen (São Paulo, SP)

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Boulos é uma nova abordagem. A administração atual não entregou nenhum resultado plausível. A luta pessoal do prefeito é elogiável, porém, quando se fala de ações públicas, nada se vê. Enfrentar a questão da ocupação urbana é um tema prioritário, e Boulos não terá como recuar nisso. Culto e próximo a periferia, ele representa uma tentativa realmente diferente. Covas é apenas um herdeiro de espólio político e um escolhido ideológico de não-pensantes. Meus amortecedores e pneus pensam mais.

Armando Moura (São Paulo, SP)

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Daqui a dois anos João Doria se lançará à Presidência, Bruno Covas se lançará a governador do estado de São Paulo (abandonar a cidade está no DNA dos tucanos) e a capital ficará com o vice de Covas, o tal Ricardo Nunes —o rei das maracutaias com as creches da cidade.

Fabrizio Wrolli (São Paulo, SP)

Toda Mídia

É excepcional o conhecimento de Nelson de Sá sobre a imprensa e sobre os grupos de mídia internacionais. Sua coluna de 21/11, “Ano fecha com concentração da opinião publica nos EUA” (Mundo), é para ser lida e guardada como referência histórica.

Maristela Mafei (Nova York, EUA)

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