Foto da capa da Folha é um soco no estômago, diz leitor

Leitores comentam PEC da "impunidade"

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Tiranos no poder

Esposa, filhos e neta de George Francisco Gomes, que trabalhou como motorista da Folha e morreu em junho vítima da Covid-19 - Karime Xavier/Folhapress

A capa da Folha desta quinta (25/2), manchete e foto, é um soco no estômago, uma ducha de água fria de nossa realidade. A foto lembra uma gravura de Rugendas, retratando negros escravizados no século 19. Até quando colocaremos no poder ridículos tiranos, cuja competência destrutiva se mede pelo número de mortos pelo vírus e pelo desmonte das salvaguardas democráticas? Caminhamos para o abismo. ("Brasil bate 250 mil mortos, após uma ano, no pior momento da pandemia", Saúde, 25/2)
José Marcos Thalenberg (São Paulo, SP)

"Vimos que quem mais tem sofrido com essa pandemia é a população pobre, preta e periférica", diz Natália Gomes, filha de George Gomes, vítima da Covid-19, na reportagem "Brasil chega a 250 mil mortes por Covid em pior momento da pandemia". Enquanto isso, a barbárie corre solta. Bolsonaro finge que não são de sua responsabilidade os 250 mil mortos na pandemia; o STJ protege Flávio Bolsonaro; o Congresso tenta se blindar de suas falcatruas... Como esses escalões podem ser tão alheios ao sofrimento da maioria dos brasileiros?
Rita Lopes (São Paulo, SP)


PEC da impunidade
A PEC da impunidade escancara a pequenez do Legislativo ("Após caso Silveira, Lira acelera PEC para aumentar imunidade parlamentar e gera críticas por atropelo", Poder, 24/2). A forma como está sendo encaminhada, deixando de lado pautas de interesse dos brasileiros que estão sendo exterminados, é uma verdadeira aberração; e seu texto é motivo de asco e vergonha! O que resta de respeito por tais instituições se esvai pelo esgoto...
Humberto Freire (Rio de Janeiro, RJ)


Os congressistas foram obrigados pelo Supremo a se olhar no espelho e viram 512 Danieis Silveiras. Nunca trabalharam tão rapidamente para se livrar do invasivo Supremo, só desejado e reservado para quando lhes convier.
Fidelis Marteleto (Rio de Janeiro, RJ)

O líder do governo afeta indignação ao afirmar que o Supremo Tribunal Federal prendeu injustamente um deputado. Ele mente! Quem prendeu o deputado foi a maioria do plenário da Câmara, que votou favoravelmente pela manutenção da sua prisão. Os defensores da PEC da impunidade são covardes, pois querem livrar bandidos da cadeia sem ter que se desgastar em votações abertas. É uma ignomínia!
Luiz Oliveira (São Paulo, SP)


STF, STJ e Flávio
De olho na vaga que surgirá no Supremo Tribunal Federal com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello, o juiz João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça, anulou a quebra de sigilo bancário de Flávio Bolsonaro no âmbito das investigações do caso das "rachadinhas" na Alerj. A imparcialidade é um atributo indispensável a um ministro do STF, portanto cabe agora ao Senado vetar a indicação do juiz Noronha para o STF.
Joaquim Francisco de Carvalho (Rio de Janeiro, RJ)


Reforma política
Excelente e politicamente oportuno o artigo de Fernando Schüler desta quinta-feira ("Retrocesso à vista?", Poder, 25/2). De sua análise, extrai-se a importância de buscar um novo sistema eleitoral, capaz de estruturar um novo paradigma de comportamento político para eleitores e representantes, nos três níveis federados. Essa equação tem nome: voto distrital misto. Oxalá Arthur Lira tenha a coragem de entrar para a história, trazendo à baila esse importante e inadiável debate.
Roberto Ribeiro Corrêa (Belém, PA)


Covid
Em um ano de pandemia, e quando o pico de mortes supera a fase mais grave em sete estados, a discussão sobre a falsa dicotomia entre vida e economia voltou, devido à emergência do auxílio. As perguntas que se devem fazer a quem entrega um projeto de privatização da Eletrobras ao Congresso para se desculpar com o mercado é: para que economia nós estamos mirando? De quem são as vidas que nós estamos rifando?
Emilly Saas (Petrolina, PE)

"Com 1.582 mortes por Covid-19 em 24h, Brasil bate recorde de óbitos na pandemia" (Saúde, 25/2). Quantas mães ainda irão para o caixão, como foi a minha, tadinha! Tão doce e tão querida, não merecia ter ido tão cedo. Ficou 10 dias entubada na UTI; duas tentativas para desentubar, pegou bactéria e a sepse a levou. Terrível! Quem teve um parente ou um ente querido que pereceu por Covid revolta-se com o que está acontecendo no Brasil.
Marcos A. T. Garcia (Curitiba, PR)

Ou cai esse desgoverno homicida ou a coisa só vai piorar. Infelizmente teremos que aglomerar na avenida Paulista para derrubar esses criminosos.
Raul Gonçalves de Neto (São Paulo, SP)


Covid em São Paulo
Não entendi a reclamação da senhora Hélia Araújo, coordenadora de imprensa do governo do estado de São Paulo, nesta quinta-feira (25), neste Painel do Leitor. Classificar o anúncio feito pelo governo de João Doria como "confuso" foi até uma gentileza da Folha. O que vimos foi um teatro deprimente, com o anúncio de medidas pífias, muita enganação e uma total negligência com a realidade e com a vida dos paulistas. Nesse sentido, o governador João Doria está cada vez mais parecido com Jair Bolsonaro.
Alex Fabiano Nogueira (São Paulo, SP)

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