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Leitores contam o que sentem falta de ler no jornal

Fala de Paulo Guedes sobre o IBGE também foi discutida pelo leitor

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São Paulo

Na semana passada, a Folha questionou seus leitores a respeito do que sentem falta de ler no jornal. Em fevereiro deste 2021, a Folha completou 100 anos de existência.

Desde o início, o objetivo do jornal sempre foi o de oferecer ao leitor informações e análises consistentes, que lhe deem ferramentas para entender o mundo em que vive. Mas sempre há o que melhorar, como mostram as constantes mudanças que o jornal realiza, criando ou reorganizando seções e editorias, contratando novos colunistas e modernizando a diagramação. Confira as respostas.

Registro da redação da Folha durante período de pandemia do novo coronavirus, quando a maioria dos profissionais da  está trabalhando sob o regime de home office
Registro da redação da Folha durante período de pandemia do novo coronavirus, quando a maioria dos profissionais da está trabalhando sob o regime de home office - Adriano Vizoni/Folhapress

Literatura
Como veículo editorial de vasto alcance, a Folha poderia dedicar maior espaço para fomentar a produção literária nacional. Uma seção “Contos do Leitor”, por exemplo, seria muito bem-vinda.
João Vitor Cardoso (São Paulo, SP)

Seria delicioso ler mensalmente um resumo literário de autores que contribuíram com a mudança dos rumos da humanidade. Poderiam presentear-nos com filósofos como Sartre e Camus e um resumo de suas obras. Sinto falta de mais literatura no jornal.
José Marcelo Lustosa Farias (Fortaleza, CE)


Opiniões variadas
As notícias precisam ser mais fundamentadas, sem direcionamento. As opiniões devem ficar para os editoriais e artigos de opinião, que, por sua vez, devem ser variados, não unidirecionais. Ultimamente o jornal se tornou direcionado e partidário. Tem muito a melhorar para voltar a ser o que era —informativo, esclarecedor e estimulador de pesquisa.
José Alex Sant’Anna (Paulínia, SP)


Notícias positivas
Faltam notícias positivas. O jornal se torna cansativo com tantas notícias negativas.
Flávio Del Rei Almendro (São Paulo, SP)

Sinto falta de ler notícias sobre boas iniciativas, sobre projetos que focam naquilo que é bom para os indivíduos, para a sociedade, para o mundo. Por que dar espaço apenas para tragédias e notícias ruins se existem tantas pessoas e iniciativas boas acontecendo no mundo? Que tal darmos um pouco de espaço para o que é positivo e virtuoso? Isso certamente teria um grande impacto positivo na saúde mental das pessoas.
Fabiana R. Biagigo (São Paulo, SP)


Confronto de visões
Gostaria de ler na Folha um confronto de visões de esquerda e de direita no campo da economia e da política. Sem adentrar, obviamente, nas ideias estúpidas da extrema direita nem nas utopias da extrema esquerda.
Valter Fanini (Curitiba, PR)


Mulheres
É preciso ouvir mais mulheres nas reportagens, inclusive negras, sem chancelar o que elas pensam: economistas, intelectuais, pensadoras, cientistas, políticas etc. E vejo o noticiário econômico nublado pelos princípios editoriais do jornal, de economia mainstream.
Beth Barra (Belo Horizonte, MG)


Estatística
Acho os repórteres pouco preparados para trabalhar com dados estatísticos. Fazem apenas observações superficiais. E sinto falta de discussões mais conceituais. Exemplo: a cobertura da morte do professor Giannotti parecia a de uma subcelebridade. Será que algum repórter sabe quem foi ele?
Silvia Asam da Fonseca (São Paulo, SP)


Ambiente
A Folha, e a mídia corporativa em geral, está subnoticiando a gravidade da situação ambiental —com seus três principais dossiês: a emergência climática, a aniquilação da biodiversidade e a intoxicação dos organismos pela poluição químico-industrial. Essas ameaças ainda poderão ser combatidas se, e somente se, agirmos com vigor já. A imprensa tem o dever moral de informar e analisar essa corrida da humanidade contra o relógio.
Luiz Marques (Campinas, SP)


Ciência pura
Como assinante, sinto falta de uma seção semanal focada em ciência pura. Uma seção que abordasse as disciplinas clássicas básicas: física, matemática, biologia, química. Assim as variantes surgiriam naturalmente.
Marcos Almeida (Londrina, PR)


África
Sinto falta de um conteúdo internacional mais abrangente. Sobre a África, por exemplo, raramente vemos alguma notícia. Acho isso vergonhoso para um jornal do porte desta Folha.
Norberto Depizzolatti (Florianópolis, SC)


Artes visuais
Gostaria de ver com mais frequência reportagens sobre artes visuais. Explanações sobre exposições, artistas, movimentos, galerias, manifestações artísticas etc.
Luiz Eduardo Hirata (Curitiba, PR)


Outros Assuntos

IBGE
O IBGE não está na idade da pedra lascada, é o povão que está lascado tendo que comprar osso, pele de frango, arroz picado e pé de galinha para alimentar suas famílias. (“O IBGE está na idade da pedra lascada, diz Guedes”, Mercado, 31/7).
José Antônio (Niterói, RJ)

Será que o ministro Paulo Guedes não consegue uma reunião civilizada com os responsáveis do IBGE para esclarecimentos sobre o assunto? É realmente necessário atirar pedras em decorrência de dados publicados?
Bagdassar Minassian (São Paulo, SP)

O IBGE está errado porque, para o seu governo, o brasileiro é apenas aquele cidadão da classe social de média a alta, o resto que se vire.

Hudson Rodrigues Lima

(Uberlândia, MG)


Centrão
Espera moderação? Que ingenuidade. Passação de pano 24h por dia. O modus operandi é ser incendiário, promover agitações diuturnamente e discussões estéreis em redes. (“Centrão faz apelo e espera moderação no discurso de Bolsonaro após live”, Poder, 31/7).
Elisa Aguiar (Cachoeira do Sul, RS)

Chega a ser irritante esse tipo de movimento. Conversa fiada.
Daniel Liaz (Curitiba, PR)

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