Leitores não confiam na articulação entre os Poderes

Pré-campanha de reeleição e dessalinização do semiárido são outros temas abordados por leitores

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Consenso e Poderes
É perda de tempo tentar composição com o inconsequente (“Poderes já articulam saída para aliviar tensão com Bolsonaro após Câmara ‘julgar’ voto impresso”, Poder, 9/8). Certamente ele voltará aos ataques. É preciso interromper a “passagem geral de boiada”, comandada por Arthur Lira.
Carlos Manoel Caiafa (Belo Horizonte, MG)

O melhor seria o Congresso aprovar o impedimento do presidente, empossar o vice, e em 2022 elegermos candidato não populista. Mas, como diz Collor, é sonho de uma noite de verão. Baseando-se no ciclo populista anterior, que foi de 1930 até 1964, o iniciado em 2003 ainda tem um bom tempo pela frente.
José Cardoso (Rio de Janeiro, RJ)

Por muito menos outros presidentes sofreram impeachment. Por que a tolerância? É notório o total despreparo e incompetência deste que se cercou dos piores militares da ativa e da reserva. Dar a ele satisfação é desqualificar as instituições.
Rosaflor Umbrella (São Paulo, SP)

Se Arthur Lira atende a Bolsonaro, deve atender a voz das ruas: para não haver dúvidas, leve o pedido de impeachment ao plenário.
Laura Bastos Pimenta Neves (Belo Horizonte, MG)


Dessalinização no semiárido
Este projeto em andamento é só um exemplo do que acontece (“No papel”, Painel, 9/8). Há pouquíssimos novos projetos e aplicação de verbas em infraestrutura que já estão em andamento. Pagaremos caro por isso. Um governo fraco. Por ausência de projetos e por sua inutilidade administrativa, as verbas discricionárias são praticamente todas usadas por bancadas parlamentares.
Ricardo Arantes Martins (São Paulo, SP)

O presidente não se importa com as pessoas morrendo por Covid, será que importaria com outros morrendo de sede? Haja passeio de moto.
Ricardo Melo (Itanhandu, MG)


Entrevista da 2ª
(“Estamos desconstruindo a imagem de herói e de invulnerável do atleta, diz psicóloga do COB”, 9/8) Até agora não entendi essa lacração de saúde mental, a Biles simplesmente estava impossibilitada de concorrer devido a problema físico que a fazia perder o sentido espacial de localização nos saltos (desorientação). Problemas relacionados ao cérebro ou ao ouvido?
David Farias (Fortaleza, CE)

Carla Di Pierro, psicóloga do Comitê Olímpico do Brasil
Carla Di Pierro, psicóloga do Comitê Olímpico do Brasil - Fabrizio Toniolo

Interessante e oportuna a entrevista com Carla Di Pietro, mas deixou de focar a pressão financeira da premiação a que cada atleta está sujeito e, em alguns casos, supera o valor da conquista desportiva.
Aluísio Dobes (Florianópolis, SC)


Gastos em reeleição
Parabéns, FHC, por ter colocado o câncer da reeleição (“Pré-campanha de Bolsonaro à reeleição já custa R$ 67 bi”, Mercado). Antes, para oportunista eleger sucessor (até nos estados), quebrava um banco. Hoje? Quebra um país. Oportunistas. E o patriotismo dessa gente, dizia meu pai, então vivo, nos anos 1970, é dinheiro no bolso. Mais de 563 mil brasileiros mortos (minha irmã Clemeci no rol!), e essas autoridades cúmplices do capitão sem noção.
Neli de Faria (São Paulo, SP)

Prática da direita, da esquerda ou quem quer um que suba ao poder. Um país à mercê de ratos. Assim foi, é e sempre será. Não há futuro no país que vive de presente.
Jonathan M. Marques (São Paulo, SP)

Bolsonaro gasta R$ 67 bilhões do nosso dinheiro em coisa inútil. A maioria dos brasileiros está desempregada, sem casa, a educação capengando, ambiente idem. Alguém explique a ele o que são atos imorais.
Marlete Leite (Vitória, ES)


Reconhecimento
Que massa (“Diretora trans de escola na zona sul vira nome de via em São Paulo”, Cotidiano)! A Paula Beatriz realmente merece.
Camila Falcão Almeida (São Paulo, SP)

Paula Beatriz foi a primeira diretora transexual na rede pública de São Paulo
Paula Beatriz foi a primeira diretora transexual na rede pública de São Paulo - Divulgação

Colunista
Ruy Castro (“Hora sem festa para acabar”) lembrou uma inversão de ditado, proposital, que um conhecido fez com relação aos protestos sobre a política nacional: a caravana ladra e os cães passam.
Regina Mader (São Paulo, SP)


Seca no rio Paraná
Pedem à população economizar água, aos mais desassistidos, enquanto os causadores de tudo são poupados: elite, capital, agronegócio, extrativismo, o lucro acima de tudo (“Seca no rio Paraná trava exportações da Argentina”, Mercado).
João Antônio C. Filho (São João Del Rei, MG)


Cinemateca
Diferentemente do que afirma Carlos Augusto Calil, em artigo sobre a Cinemateca (“Cinemateca: um imbróglio bem embrulhado, Ilustríssima), publicado na Folha de domingo (8), quando ministra da Cultura, não decidi, em 2013, "intervir na Cinemateca". Demiti o diretor Carlos Magalhães por perda de confiança em vista de investigação do Controle Interno da Controladoria-Geral da União (CGU), que apontava graves irregularidades na parceria do Ministério com a sociedade que administrava a Cinemateca. O problema estava no limite, pois a gestão anterior protelou as ações cobradas. Não era mais possível repassar recursos à mantenedora. Mesmo assim, garanti o custeio da estrutura. Mantive o diálogo com o Conselho da Cinemateca. Para agilizar respostas aos questionamentos, encaminhei rapidamente o caso ao ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage. Em seguida, estudamos soluções para a viabilidade da Cinemateca, resolvendo pela criação de administração por OS. Ficou em andamento, quando deixei a Pasta. Se há perseguição política, posso dizer que sim. Faz anos que a mentira de que "decidi intervir" na Cinemateca é contada, quando quem criou o caos posa de vítima.
Marta Suplicy, ex-ministra da Cultura (São Paulo, SP)


Vacinação e reabertura
O Governo de São Paulo atua com plena responsabilidade e transparência no combate e controle do coronavírus, sempre amparado pela ciência para garantir a retomada das atividades econômicas de forma consciente, gradual e com segurança para a sociedade ("Com variante delta, é irresponsável manter planos de reabertura, dizem especialistas", Saúde).
Analisando exemplos internacionais, nota-se que os EUA seguem diminuindo rapidamente suas restrições com menos de 60% da população adulta com uma dose de vacina. O Reino Unido anunciou o “freedom day”, abrindo mão de restrições como distanciamento social e uso de máscaras, com cerca de 68% da população com a primeira dose e somente 52% com esquema vacinal completo. Na semana passada, a cidade de Chicago, polo americano farmacêutico e de saúde, realizou um evento para mais de 400 mil pessoas aglomeradas e sem máscaras nos primeiros dois dias, felizmente retrocederam e voltaram a adotar máscaras no terceiro dia de evento.
Diferentemente dos exemplos citados, o estado de São Paulo, com mais de 80% da população adulta com ao menos a primeira dose da vacina, mantém-se firme e honrando o compromisso feito pelo Governador João Doria de acelerar a vacinação dos paulistas e realizar uma retomada segura das atividades. Por isso, a partir do dia 17 de agosto, o Dia da Esperança, toda a população adulta de São Paulo terá acesso ao menos à 1ª dose e, ao contrário de outros países, serão mantidas as restrições quanto a eventos com público em pé, aglomerações, uso de máscaras e distanciamento social em todas as atividades.
Somente a partir de 1º de novembro, quando toda a população deverá ter acesso ao esquema vacinal completo, daremos o próximo passo da retomada e, ainda assim, em formato muito mais seguro do que todos os exemplos acompanhados pelo mundo.
Todas as variantes, inclusive a delta, são uma preocupação constante do Governo de São Paulo, bem como o controle permanente da pandemia. A taxa de ocupação média de leitos está abaixo de 47% em todo o estado e com o menor nível de internações diárias desde a primeira onda. Para garantir o monitoramento e aprendizado contínuo sobre a nova variante, o Butantan lançou de forma inédita um laboratório móvel itinerante para monitorar locais que eventualmente tenham cenário de maior vulnerabilidade da evolução da delta e viabilizar ações imediatas nos locais de maior risco.
Lembrando, ainda, que o sistema de monitoramento inteligente segue ativo, bem como o Centro de Contingência criado pelo Governador na descoberta do primeiro caso de COVID-19 em São Paulo. Prefeitos também seguem tendo autonomia para aplicar restrições mais duras sempre que necessário.
É inegável que nenhum país desenvolvido está sendo tão responsável como São Paulo. Lutamos pela vacina. Hoje temos cobertura vacinal acima de países que começaram a vacinar muito antes e, ainda assim, estamos sendo mais cuidadosos na retomada. Após três meses de pilotos de eventos-modelo, teremos realizado um acompanhamento científico para encontrar um formato adequado para atividades com público.
São Paulo segue a ciência com disciplina e transparência, sempre colocando as vidas em primeiro lugar. O momento é de esperança, requer união e responsabilidade, não somente por parte dos gestores públicos e da sociedade, mas também dos especialistas que devem conhecer os fatos e as evidências antes de emitir opiniões. Juntos e com base na ciência e nos dados, tornaremos São Paulo referência mundial na vacinação e na retomada segura e plena das atividades.
Patricia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

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