A linha da vergonha
A Câmara dos Deputados aprovou, em primeira votação, a alteração da ordem de pagamento dos precatórios sob a alegação de constituir o Auxílio Emergencial a 17 milhões de brasileiros que estão abaixo da linha de pobreza. Para isso tiraram os direitos de trabalhadores que há 10 ou 15 anos lutam na Justiça para receber seus direitos, com decisão judicial transitada em julgado. Na verdade, esse dinheiro vai para as mãos de 312 deputados que estão abaixo da linha da vergonha e da moralidade. Deram uma banana para a Justiça.
Valdemar Zanette (São Carlos, SP)

Mal menor
Eu não fiquei chocado com a possibilidade de Lula se associar a Alckmin ("Lideranças do PT e PSB tentam viabilizar chapa com Lula e Alckmin para 2022", Mônica Bergamo, 4/11). Com o calamitoso governo Bolsonaro, passei a aceitar muitos que eu achava detestáveis. A maioria é um mal menor.
Carlos Brisola Marcondes (Florianópolis (SC)

Dallagnol
Depois de fazer o serviço sujo do golpismo, o falso moralista, parcial e hipócrita, vai deixar o Ministério Público para fazer o que já fazia em suas funções: politica ("Ex-chefe da Lava Jato, Deltan vai deixar o Ministério Público", Poder, 5/11).
Pedro Valentim (Bauru, SP)



A saída de Deltan Dallagnol do Ministério Público Federal para disputar as eleições em 2022 é uma boa notícia para o MPF. Uma instituição que deve defender a sociedade não pode ter entre seus integrantes uma figura como ele. As revelações das conversas telefônicas e mensagens de Dallaganol o condenam por si mesmas. Zero espírito público.
Renato Khair (São Paulo, SP)



Estou surpresa com a reação dos que repudiam as candidaturas de Dallagnol e Moro. O que essas pessoas querem? Que entreguemos o país nas mãos de oportunistas? Não é preferível eleger quem entende de legislação a eleger ignorantes, que são manipuláveis e se deixam levar pelas velhas raposas de sempre? Basta ver o que David Alcolumbre vem fazendo na CCJ. Esse Congresso que aí está é o mais caro do mundo e o que menos produz. O Brasil precisa de gente para consertá-lo.
Izabel Avallone (São Paulo, SP)

Poder demonizado
"'Demonizou-se o poder para apoderar-se dele', diz Gilmar após anúncios de Moro e Deltan" (Mônica Bergamo, 5/11). A dupla Moro-Deltan sempre chega junto. Parece jogada combinada. Mas talvez apenas afinidade de propósito. A meta é sempre o poder e mais poder. O freio será a falta de noção de timing. Como escreveu Bruno Boghossian, Moro pode estar chegando atrasado, com a imagem bem queimada. O mesmo se pode dizer de Dallagnol.
Jane Medeiros (Rio de Janeiro, RJ)

Essa promiscuidade ainda engana muitos. Temos aí a queda de máscaras do juiz e do procurador, que, acima de tudo, sempre foram políticos e manipuladores. Cá estão eles, buscando os privilégios e a imunidade que só a política oferece! Está na cara, mas muitos não querem ver.
Andréia Chaieb (Porto Alegre, RS)



Uma das primeiras ideias do "dr. Moro" foi a do excludente de ilicitude, ou seja, a liberação da matança pelas forças policiais. Fascista de carteirinha.
Wilson Rossi (Florianópolis, SC)

Minorias
Interessantíssima a analogia feita por Flavia Boggio na coluna "Super-Homem e os primitivos" (Ilustrada, 4/11), comparando minorias terrenas com figuras extraterrestres --todos imigrantes e, como tal, diferentes. E mostra os nossos as recebendo, alguns com extrema compreensão de suas diferenças e outros com ignorância, tacapes e bazucas, atacando-as tão somente por, nas suas estúpidas concepções, serem "diferentes".
Luiz Carlos Alonso (São Paulo, SP)

Reserva
"Exército mudou status militar de Bolsonaro para permitir matrícula da filha" (Poder, 5/11). Qual é o limite das transgressões de Jair Messias Bolsonaro? Basta!!!
Maria Izabel Lima (Fortaleza, CE)



Bolsonaro conseguiu desmoralizar as forças armadas (não merece que se usem letras maiúsculas) de toda quanto é forma.
Sueli das Graças V. G. Souza (Mogi das Cruzes, SP



Um dia —que pode demorar muito a chegar— as pessoas reconhecerão que eleger esse ser abominável, cruel, incompetente e nefasto foi uma das piores coisas que fizeram com o Brasil e com os brasileiros. Este período destrutivo será um marco inesquecível, infelizmente.
Maria Irene de Freitas (Rio de Janeiro, RJ)

"Parabéns" aos militares que apoiam esse sujeito! Infringir regras somente para satisfazer o nefasto! Ao sair porta afora, todos terão que pagar! Inclusive quem deu esse "jeitinho brasileiro".
David Silva (Serra, ES)