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Leitores comentam falta de acesso do continente africano a vacina contra Covid

Variante ômicron surgiu inicialmente na África do Sul

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Nesta semana a Folha perguntou aos seus leitores o que eles pensam sobre a falta de acesso dos países africanos a vacina. Foi inicialmente no continente africano que surgiu a ômicron, nova variante da Covid-19.

Apenas 6% da população do continente completou o ciclo vacinal, o que pode ter facilitado o surgimento da nova variante. Confira abaixo algumas respostas.


Nada de novo no fronte: o G7 falhou, a OMS falhou. A marca dessas organizações na distribuição de vacinas é a gestão do fracasso. O abismo vacinal é o reflexo do abismo total e da desigualdade perene no continente africano. Sobretudo em alguns países africanos que são governados por elites locais e militares e onde a vacina é um privilégio de poucos, não um direito insofismável e público. Enquanto isso, Brasil, EUA, Reino Unido e Israel aplicam doses de reforço.
Gabriel Costa Pereira (Anápolis, GO)

A África, já dita pelos evolucionistas como mãe da humanidade, é o retrato mais fiel das desigualdades neste planeta. Parece que a Covid deu o xeque-mate, mas o egoísmo que reina na humanidade continua dando as cartas. E agora? Ou os continentes que abrigam os países mais ricos assumem definitivamente essa terra órfã ou vamos brincar de esconde-esconde. A realidade está escancarada.
Túlio Cícero Viana (Chapadão do Céu, GO)

Estou absolutamente surpreso com isso, pois sempre ouvi falar que os Médicos sem Fronteiras e outros organismos distribuíam medicamentos e vacinas na África. E isso já há muito tempo. A África supostamente estaria recebendo ajuda de bilionários como Bill Gates e Warren Buffet, entre outros. E o que aconteceu? De acordo com o livro "Freakonomics", de Sthefen Dubner e Steven Levitt, muitos recursos enviados à África são desviados e não chegam ao destino final.
Rynaldo de Montarroios Papoy (Guarulhos, SP)

O que se observa é uma falta total de visão estratégica sobre a pandemia e de como acabar com ela. As nações poderosas não estão fazendo a lição de casa e não cumprem suas próprias promessas de doar vacinas. São o descaso e o egoísmo que geram há séculos uma gigantesca desigualdade social. Como mudar essa realidade? Com uma participação ativa da sociedade, pressionando os dirigentes.
Sandra Orelhana (São Paulo, SP)

O ser humano é egoísta desde início da civilização: só ajuda e só gosta do que for espelho. Se fosse o contrário não teríamos tanta desigualdade. O pobre só vai ter migalhas sempre, e os países ricos jogam fora diariamente vacinas, alimentos e tudo o que poderia fazer a vida mais justa.
Aníbal Machado Carrion (Santos, SP)

A escassez de vacinas na África é reflexo do elitismo comercial desempenhado pelos países desenvolvidos e, mais tarde, pelos emergentes. Os altos preços de remédios reforçam a posição de subalternidade das nações mais pobres, forçadas a conviver com condições miseráveis. A mudança desse panorama só seria possível com a quebra das patentes das fórmulas das vacinas. Não há como combater o vírus de forma local em um mundo integrado.
Raphael Pogliese (João Pessoa, PB)

A falta de acesso universal às vacinas é uma horrenda realidade estimulada pelo capitalismo selvagem que presenciamos nessa pandemia. O "nacionalismo de vacinas" é o grande mal que deve ser combatido. Sem acesso às vacinas, países pobres viram local para a geração de novas variantes que ameaçam todo o mundo.
Eric Romero (Coimbra, Portugal)

O terrível e histórico racismo. Países ricos estocando vacinas enquanto o vírus continua circulando. A lógica do capitalismo racista vai destruir tudo para que poucos continuem com suas vidas de luxo e soberba. Mas o mundo é um só; tudo o que vai volta!
Rafael Roquette (Palhoça, SC)

O monopólio de vacinas é resultado da negligência e individualismo dos países ricos com o resto da população mundial. É preciso distribuir a vacina para as nações que possuem baixas taxas vacinais e estabelecer prioridades imediatas de maior impacto em vez de garantir doses de reforço em países que já alcançaram uma alta taxa vacinal.
Juliana Di Beo (Campinas, SP)


Outros assuntos

O general
"Lula e Bolsonaro destruíram a democracia e seriam retrocesso, diz Santos Cruz" (Poder, 4/12). Mais um saudosista da ditadura querendo se travestir de bom-moço. Quem apoiou Bolsonaro algum dia da vida com certeza é sem caráter.
Murilo Brandão Jansen Melo (Brasília, DF)

Seria cômico se não fosse trágico. Este senhor, que sempre viveu às custas de nós, vir falar de "destruição da democracia". Já está claro que papel fará na campanha do ex-juiz justiceiro.
Magali Barbosa de Abreu (Belo Horizonte, MG)

Parabéns, Santos Cruz, pela coragem de se expor e dizer verdades sobre Jair Bolsonaro. Alguns militares ainda estão cegos e continuam o apoiando, apesar de ser uma pessoa indesejada na Presidência da República.
Maurilio Fernandes Figueiredo (Florianópolis, SC)

O ministro
"André Mendonça apequena o STF" (Opinião, 4/12). A ameaça começou com a declaração de Bolsonaro de que indicaria um ministro terrivelmente evangélico. A colunista Cristina Serra dá vários exemplos de manifestações terríveis de Mendonça. Estou terrivelmente desencantada com esses tempos.
Sylvia Alves Corrêa (Cuiabá, MT)

Mendonça não é merecedor nem das calças da democracia, quiçá de uma vaga no STF. E o Brasil vai se tornando um Estado evangélico, cuja atuação é bem parecida com a do Estado Islâmico. Meu único consolo é saber que livros de história costumam transformar homens como ele em caricaturas.
Sandra Losa (Brasília, DF)

Onde a nobre jornalista estava quando Lula praticamente impôs o advogado do PT, Dias Toffoli, ao STF? Certamente aplaudindo a nomeação. É só comparar o currículo de ambos os ministros da corte.
Emilton Rocha (Rio de Janeiro, RJ)

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