Descrição de chapéu cracolândia

Leitores comentam a política contra drogas no Brasil

Psiquiatra elogia reportagem sobre 30 anos de ações na cracolândia

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Nesta semana a Folha perguntou a seus leitores o que eles acham da política contra drogas no país. Leia abaixo algumas das respostas.


É uma droga.
André Luiz Lopes Magela (São João del-Rei, MG)

Um conto de fadas.
Cristóvão José Schneider (Monte Carlo, SC)

Irresponsável, porque mata inocentes, e irrelevante no que se propõe, afinal o tráfico só cresce, assim como o uso das drogas.
Luana Gabriela da Silva (Curitiba, PR)

Sempre combatemos os traficantes, que muitas vezes são pobres, negros e sem muitas alternativas de vida melhor. Nunca combatemos os usuários ricos, poderosos, brancos e intocáveis.
Maurício Garuti Noronha (São Paulo, SP)

Não funciona há décadas, e nossos representantes não conseguem perceber que tem alguma coisa errada nisso. Assim, todos os anos, centenas de pessoas inocentes morrem, porque esse assunto não é tratado como prioridade.
Camilla Yumi Endo (Maringá, PR)

A atual política combate pretos e pobres da periferia e protege os grandes traficantes de drogas pesadas. Não admitem discutir a liberação da maconha para não perderem o mercado e a motivação para as chacinas.
Eduardo Fernandes de Mello (São Paulo, SP)

Ineficaz. Enquanto as drogas não forem legalizadas, essa política continuará abastecendo a bandidagem com armas poderosas, oprimindo a população das periferias e gerando mortes e mais mortes, cadeias superlotadas, custo alto e corrupção desenfreada.
Laudgilson Fernandes (Rio de Janeiro, RJ)

Qual política? Existe? O que temos é uma fiscalização porca e uma violência generalizada.
Marcos de Toledo Benassi (Campinas, SP)

Não existe política de drogas no Brasil. Existe uma política de extermínio, alimentada pela mídia, de favorecimento à distribuição de armas e de muito acobertamento das ações policiais. Caso legalizassem o consumo, os recursos poderiam ser investidos no tratamento da dependência.
Fernando Fernandes de Mello (Rio de Janeiro, RJ)

Um desastre. Não funciona. Nunca funcionou. Precisamos tratar as drogas como assunto de saúde pública, não como assunto de segurança. Além do mais, precisamos de policiais mais bem educados em leis e questões sociais relevantes.
Jordi Sanchez-Cuenca (Florianópolis, SC)

A única solução plausível é a mesma que é aplicada ao álcool e ao cigarro comum: descriminalizar o uso, vender legalmente, cobrar impostos altos, investir em educação e saúde e endurecer as penas de crimes praticados sob a influência da droga.
Mariniel Galvão (Vitória, ES)

É um desperdício de dinheiro e de efetivo policial e um genocídio de vidas pretas e pobres. Não há nenhuma justificativa plausível atualmente para continuar com esse tipo de combate.
Marta Almeida (Rio de Janeiro, RJ)

Não existe uma organização, uma estratégia, um trabalho realmente de inteligência que envolva os estudiosos da área do combate as drogas e da segurança pública.
Elenice Maria de Souza Ferreira (Parnaíba, PI)


OUTROS ASSUNTOS

Aborto
É alvissareiro o resultado da pesquisa Datafolha indicando que houve aumento da porcentagem da população que é, de alguma forma, favorável à descriminalização do aborto no país ("Cai parcela da população que quer proibir aborto em qualquer caso", Cotidiano, 3/6). Nota-se que está entre os mais jovens a maior fração dos que são a favor de não punir quem aborta. Isso porque essa é a parte da população mais suscetível às violências sexuais e à gravidez indesejada. Quiçá a conscientização continue crescente e possamos tratar a questão exclusivamente como saúde pública.
Adilson Roberto Gonçalves (Campinas, SP)


Ministros do STF
O ministro terrivelmente evangélico André Mendonça, escolhido para o STF, surpreende positivamente por suas decisões jurídicas condizentes com a lei. Enquanto o outro, Kassio Nunes Marques, também escolhido para o Supremo Tribunal Federal pelo mesmo Jair Bolsonaro, se presta a ser serviçal a quem lhe indicou. Isso tem que mudar! Cruzes!
Tania Tavares (São Paulo, SP)


Cracolândia
A reportagem "Cracolândia vive 30 anos de eterno retorno" (Cotidiano, 4/6), da jornalista Fernanda Mena, retratou uma das maiores tragédias sociais do nosso país. O que mais choca no texto é a descrição da impotência do poder público em encontrar uma solução para o problema, mesmo sabendo-se necessária uma política intersetorial que integre saúde, segurança, assistência social, habitação e outras áreas afins. A fragmentação entre os gestores não é diferente da que se vê entre os usuários de drogas.
José Elias Aiex Neto, médico psiquiatra (Foz do Iguaçu, PR)


Ciro Gomes
É mentira que o pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, tem poupado o presidente Jair Bolsonaro de críticas e que ele "só bate em Lula", como afirmou Alvaro Costa e Silva ("O Destruidor", 4/6). Segundo levantamento da consultoria Bites, publicado em O Globo no dia 31/5, Bolsonaro é o maior alvo das críticas de Ciro: só neste ano foram 339 posts no Twitter, Facebook e Instagram contra o presidente. Já as críticas ao ex-presidente Lula foram o tema de 196 posts no mesmo período.
Max Monjardim, assessoria do PDT nacional (Brasília, DF)

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