Leitores contam suas lembranças de eleições passadas

Leitora diz que Damares alvo de fake news é pedagógico

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Nesta semana, a Folha perguntou a seus leitores qual é a lembrança mais marcante que eles têm de eleições passadas.

Leia abaixo algumas respostas.


A minha casa sempre foi o ponto de encontro da família no domingo de eleição. Todos íamos juntos votar na mesma escola. A eleição mais marcante foi a primeira eleição com urnas eletrônicas em 1996, eu tinha 8 anos. Minha mãe é semi-analfabeta, tinha medo de errar o voto e pediu minha ajuda. Eu, uma criança que mal enxergava a tela da urna, apertei dois números e confirmei o voto no lugar da minha mãe!
Camila Pechous (Chicago, EUA)

Quando fui fiscal de urna (voto impresso), o fiscal do partido oposto estava de casaco num sol de 15 de novembro de 1989. Quando o vento soprou, mostrou uma arma. Velho oeste de Santa Catarina.
Adalberto Machado dos Santos (Piratuba, SC)

A primeira vez que entrei em uma zona eleitoral foi em 2002 para ajudar o meu pai a votar. Ele estava muito fragilizado pelas consequências do tratamento contra um câncer pulmonar, mas queria votar e me apresentou o processo. Votamos juntos e acompanhamos a posse do Lula com entusiasmo, esperança e emoção de quem via uma mudança forte acontecendo. Meu pai partiu pouco tempo depois da posse.
Mariana Hoeppner Borgerth (Rio de Janeiro, RJ)

A eleição de 1989, quando tinha 18 anos, e o Brasil voltava a votar. Organizei palestras sobre o voto aos 16 anos no colégio. Escrevi uma redação para os principais candidatos. Organizamos uma eleição no colégio para a escolha dos principais candidatos, ganhou Mário Covas.
Renata Bastos da Silva (Niterói, RJ)

Minha mãe demorou anos para transferir o título de eleitor dela do centro de São Paulo para perto de casa. Então, toda eleição ela ia até esta escola enorme para votar. Na saída sempre comíamos pastel na barraca que havia na frente dessa escola.
Karen Anne Spethmann Quiroga (São Paulo, SP)

Em 1989 eu morava em Natal. Lula faria um comício na cidade. Eu e minha esposa fomos para a estrada por onde ele passaria ao chegar ao aeroporto. Estávamos com a bandeira do PT. Éramos só eu e ela no acostamento. Ele surgiu sobre um caminhão e nos olhou fixamente enquanto agitávamos a bandeira do partido. Ficou admirado com nossa solitária demonstração de apoio e acenou para nós. Trago até hoje essa imagem na lembrança.
Edson Joanni (São Paulo, SP)

A de 1989, quando, apesar do meu petismo, não tive coragem de votar no segundo turno. Para mim, o Lula e o Brasil não estavam preparados para um governo de esquerda.
Gildázio Garcia Vítor (Ipatinga, SP)

Eleições Presidenciais, 1989: da esq. para a dir., Paulo Maluf (PDS), Mario Covas (PSDB), a jornalista Marília Gabriela, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ronaldo Caiado (PSD) e Guilherme Afif Domingos (PL) durante o primeiro debate com os candidatos à Presidência da República, promovido pela TV Bandeirantes, em São Paulo - Jorge Araújo - 17.jul.1989/Folhapress

Leonel Brizola no primeiro debate depois da redemocratização chamando Paulo Maluf de "filhote da ditadura", com seu marcante sotaque gaúcho, e ao aceitar apoiar Lula no segundo turno de 1989, dizendo que "vamos engolir este sapo barbudo". Exemplos magnânimos que faltam ao hoje candidato do partido de Brizola.
Adilson Roberto Gonçalves (Campinas, SP)

1989, a primeira eleição para presidente, depois de 25 anos de ditadura militar. A minha primeira eleição. Contra todas as expectativas, Lula, o candidato dos trabalhadores, passou para o segundo turno. Fomos comemorar no Circo Voador, sem medo de ser feliz. Collor foi eleito no segundo turno. Mas aí, já era: Luisa, minha filha, já estava encomendada.
Anazilda de Barros Stauffer (Rio de Janeiro, RJ)


OUTROS ASSUNTOS

Eleições 2022
"TSE adota postura mais rígida contra desinformação na reta final da eleição" (Política, 30/9). Quem tem certeza de sua capacidade, vive a trabalhar com afinco, não mente descaradamente nem espalha o terror, pois sabe que certamente será recompensado. Simples assim.
Henrique Oliveira (Cascavel, PR)


Fake news
"Damares é alvo de fake news por fake news que espalhou em 2013" (Painel, 1º/10). Sou contra fake news mas é pedagógico Damares provar o próprio veneno.
Márcia Meireles (São Paulo, SP)

Isso começou como simples deturpação da realidade, passou a ser perigoso, depois caiu no ridículo e agora virou pura comédia.
Horacio Cerzósimo (Campo Grande, MS)


Investigação
"Cachês da ‘CPI do sertanejo’ com Gusttavo Lima seguem lacrados numa caixa-preta" (Ilustrada, 30/9). Gusttavo Lima nos lembra que a essência do bolsonarismo é neoliberal. Estado mínimo na hora de promover o bem-estar social; apoio estatal na hora de fazer mimos aos multimilionários.
Leonardo Trindade (São Paulo, SP)


Copa do Mundo
"Dinamarca ‘esconderá’ escudo na Copa em protesto contra o Qatar" (O Mundo é uma Bola, 30/9). Parece mais é que estão se escondendo de vergonha. Se fosse mesmo um protesto, boicotariam o torneio.
Rodrigo de Deus Vieira de Moraes (Valinhos, SP)


Na cozinha
"As cozinheiras estão com Lula... e os homens?" (Cozinha Bruta, 30/9). Ótima! Mais uma vez, evidência de que as mulheres pensam melhor, decidem melhor
e são mais corajosas.
Maria Lopes (São Paulo, SP)


Rodrigo Zeidan
"Escolha deste domingo é entre civilização e barbárie" (Opinião, 30/9). Excelente mais uma vez o escrito de Rodrigo Zeidan. Chega! Muito será necessário reconstruir a partir do zero.
Vera Maria da Costa Dias (Porto Alegre, RS)


Testes matemáticos
"Eleições de 2018 passam por 5 testes matemáticos e não têm sinal de fraude" (Política, 1º/10). É preocupante a constatação de que existe muita gente, inclusive com estudo e conhecimento, disseminando fake news a toda hora sobre o assunto.
Ana Bernardete dos Santos Garcia (São José do Rio Preto, SP)

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