Leitores discutem atitudes de Augusto Aras no governo Bolsonaro

Hostilidades a artistas de diferentes posturas políticas levantam polêmica

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Augusto Aras
O desmonte e o aparelhamento se espalham por vários órgãos do desgoverno. Em janeiro acaba o foro privilegiado, espero que cada um pague pelos seus atos. ("Ministério Público sob Aras deu alívio a Bolsonaro e reduziu apurações de corrupção", Política, 4/12)
Jane Santos (Rio de Janeiro, RJ)

Procurador-geral da República, Augusto Aras, abraça o presidente Jair Bolsonaro
O procurador-geral da República, Augusto Aras, abraça o presidente Jair Bolsonaro - Adriano Machado - 1.nov.22/Reuters

Foi assim que Bolsonaro e bolsonaristas sempre se gabaram de terem reduzido a corrupção. De fato, o que reduziram foram as investigações, o combate, e não a corrupção de fato.
Edison Gonçalves (Ponta Grossa, PR)

Bolsonaro mostrou o caminho das pedras. Lula já fala em não escolher um PGR da lista tríplice. Só que, com Lula, ninguém tem medo ou receio de sentar o pau.
Paulo Cezar Cruz (Rio de Janeiro, RJ)


Hostilização
Sem informação com ética nos meios de comunicação de massa, a sociedade vira um caldo de rancor e agressividade, alimentado por grupos que detêm esse poder. Antes, a mídia tradicional fomentava todo tipo de discórdia, agora são as redes sociais. ("Hostilização a políticos e artistas expõe debate ético e legal", Política, 4/12)
Emilia Amoedo (Rio de Janeiro, RJ)

Texto com conteúdo esclarecedor e verdadeiro. Não importa descobrir quem começou ou incentivou os erros, isso é outro erro. Importa não aceitarmos e combatermos tais atos. Somos uma nação ou grupos que não aceitam outros grupos e que ocupam uma mesma terra?
André Ramos Lievori (Vitória, ES)

É preciso enquadrar quem hostiliza políticos, jornalistas, celebridades ou qualquer outro cidadão. Tanto a direita quanto a esquerda.
Soraya Terezinha Colmenarez (Caxias do Sul, RS)


Janio de Freitas
Os brasileiros esperam que o Alto Comando das Forças Armadas tenha um gesto realmente patriótico e se pronuncie numa nota: todos os golpistas militares serão processados e, se condenados, expulsos. ("Compromisso militar com ordem constitucional não é confiável", Política, 4/12)
Jedison Silveira (São Paulo, SP)

Muito bem colocado: "Compromisso militar com ordem constitucional não é confiável". Podemos ir muito mais longe, as Forças Armadas brasileiras não são mais confiáveis, sua hierarquia está quebrada, a única coisa que era melhor que a sociedade civil. Desde o episódio Pazuello, cada um fala e faz o que dá na cabeça e os superiores ficam "negociando" com as regras e punições.
Dani Evans Ribeiro (Curitiba, PR)

Manifestar-se em frente ao quartel pode parecer estranho, mas é democrático, enquanto liberdade de se manifestar. Não ponha pecha de antidemocrático nisso, porque amanhã pode ser o outro lado a se manifestar.
Daverson Furlan (Campinas, SP)


Lula nos EUA
Não importa por onde passa Lula. O importante é que, ao contrário de Bolsonaro, sempre será ovacionado e bem-vindo. Felizmente o pesadelo da ditadura passou e daqui para a frente o Brasil voltará a ter prestígio perante a comunidade internacional. ("Possível viagem de Lula aos EUA antes da posse deve criar saia justa na embaixada", Mundo, 4/12)
Mateus Vaz de S Sá (Goiânia, GO)

Fraqueza das instituições: a democracia brasileira precisa da proteção do Tio Sam.
Roger Hoefel (Porto Alegre, RS)


Helio Schwartsman
Concordo com o limite do efeito azarão. É fácil torcer pelo azarão quando há pouco em risco. Torcemos pelo azarão a menos que venha às custas do nosso próprio time. Nosso time ganhar é a prioridade, o azarão é secundário. Sentimos mais dor de fracassos não esperados. Quando há muito em risco não torcemos pelo azarão. No caso Brasil-Camarões, acho que ninguém torceu para Camarões.("Zebrofilia", Opinião, 4/12)
Vito Algirdas Sukys (Santo André, SP)

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Annette Schwartsman /Folhapress

Pois é, meu pirão primeiro. Já temos cinco, e vou torcer bastante pelo sexto campeonato. Ser o maioral no mais importante esporte do planeta não é nada trivial. Talvez o nosso maior soft power. E, com a Alemanha fora, ninguém mais pode nos alcançar.
Ricardo Batista (São Paulo, SP)


Apagão
E se não conseguirem dinheiro extra vão fazer o quê? Deixar a dívida vencida para o próximo governo? Por muito menos a Dilma foi impichada. ("Apagão da máquina e risco a aposentadorias expõem dificuldades no desfecho de Bolsonaro", Mercado, 4/12)
Marcelo Dawalibi (São José dos Campos, SP)

Desse o mercado não reclama. Apesar de não governar, só ter incompetentes, deixar a população mais pobre, se houvesse mais um governo fecharia a tampa do caixão de vez.
Marcelo Santana (Rio de Janeiro, RJ)


Muniz Sodré
Richarlison entrou aos 25, quase de bicicleta, nos livros de História (das copas, pelo menos), nos quais normalmente conhecemos gente morta. E subjaz ao gol o contexto ditatorial e explorador do trabalho. Os prédios magníficos são como alambrados invertidos: dentro, no ar-condicionado, sorvendo banquetes, olhando pelas fachadas de vidro, quem assiste; fora, aqueles que trabalham. E a distância entre esses dois lugares de classes sociais é tão intransponível como a da arquibancada ao gramado. ("A epifania de um gol", Opinião, 4/12)
Enir Carradore (Criciúma, SC)

Politizaram o gol. Ridículo. A última frase é sintomática dessa percepção. Submete a brasilidade e até todo o esforço, e tudo o mais envolvido, por mais uma conquista a esse ideário que, no fundo, é partidário. Ridículo e medíocre.
Daniel Nunes Guimarães (Araguari, MG)


Na semana, a Folha perguntou a seus leitores como suas vidas foram impactadas por uma política pública. Veja algumas respostas.

Estudei em escolas públicas a vida inteira e, quando terminei o ensino médio, não tinha condições de pagar uma faculdade ou curso técnico. Graças ao Pronatec consegui bolsa integral para o curso de Técnico em Enfermagem e, após a formatura, escolhi trabalhar no SUS para retribuir ao Estado o "investimento" na minha formação. Na pandemia, me dei conta do quanto a política de acesso à qualificação técnica foi importante, tanto para mim quanto para a saúde pública.
Evelin Moreira (Curitiba, PR)

Fui o primeiro da família a fazer faculdade por conta do Prouni, que financiou metade da minha educação em ensino superior. Hoje trabalho com políticas públicas de acolhimento de pessoas com dependência química e posso devolver o que ganhei em termos de investimento do setor público, ajudando muitas famílias a salvarem suas vidas por meio de uma política pública de saúde e assistência social.
Antony Henrique Tomaz Diniz (Campinas, SP)

Eu sou estudante de políticas públicas na Universidade do Sul da Bahia e, como exemplo das desigualdades brasileiras que sou, vejo a urgência de que sejam aplicadas aqui na região, onde falta ação mais efetiva dos poderes públicos. Como estudante universitário, homem negro e de baixa renda, as políticas públicas impactam muito na minha vida, transformando minha visão em prol da população do meu entorno, como ribeirinhos, negros, indígenas, catadores (agentes ambientais), quilombolas, artesãos.
Antonio Carlos Custódio de Souza (Itajuípe, BA)

Consegui fazer faculdade graças ao Prouni. Ia para a faculdade com passagem de estudante, que era 50% do valor ou com passe livre estudantil. Quando minha namorada e eu decidimos morar juntos, conseguimos juntar algum dinheiro para comprar um apartamento pelo Minha Casa Minha Vida. Se não fossem as políticas públicas, não teria conseguido deixar a vulnerabilidade social para trás e alcançado uma vida mais estável.
Pablo L. Stefanes Soares (Gravataí, RS)

Para boa parte dos jovens humildes que ingressaram nas universidades públicas a partir de meados dos anos 2000, o ingresso foi possível pelas cotas ou pela expansão do ensino superior. A única pessoa a ter casa própria era minha avó —tios e tias, primos e primas se esbarravam pela casa, que, mesmo grande, se tornava pequena pela quantidade de pessoas. Mas sempre que retornava sabia que uma tia ou um tio tinha conseguido um apartamento no Minha Casa Minha Vida. Hoje sou professor do IFPA e estou concluindo doutorado. Nesses mais de dez anos, pude contar com bolsas de assistência estudantil e com a casa do estudante. Sem isso, não sei se teria tido essa trajetória.
Danilo Mourão dos Santos (Paragominas, GO)

Com a reestruturação das universidades e da ampliação das verbas do MEC na gestão [Fernando] Haddad, fiz três pós-graduações lato sensu, três cursos de aperfeiçoamento de 180 horas e outra graduação na área de ensino. Como resultado, publiquei um livro com demais colegas sobre ciência, tecnologia e ensino.
Wagner Alves Negreiros (São Paulo, SP)

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