Nesta semana, a Folha perguntou aos leitores com são suas relações com o trabalho, tendo em vista a proximidade do Dia do Trabalho, comemorado na próxima segunda-feira (1º). Confira a seguir algumas respostas.
Minha relação é tóxica. Meu trabalho integra minha realização pessoal e profissional, é um vício. Trabalho muito além do meu horário e quando não estou no trabalho, estou pensando nele. Os desdobramentos dele vão ditar meu humor e até minha visão sobre mim naquele momento, regulando até minha autoestima.
Karen Paz, 30, advogada (São Paulo, SP)
Me sinto pouco valorizado diante de uma rotina monótona e sem sentido. Acredito que existam potencialidades que não são aproveitadas por conta da demanda de trabalho intensa.
Guilherme Machado Bueno, 27, gerente de restaurante (São Paulo, SP)
Sou autônomo e muito realizado com meu trabalho. Especialmente por melhorar a saúde do próximo e receber sorrisos como recompensa!
Luis Eduardo Souza Flamini, 35, cirurgião-dentista (Guaranésia, MG)
A cada ano a demanda aumenta, existe muito desrespeito e desinteresse por parte dos alunos. Sinto que sou uma mera mediadora de conflitos e cuidadora de adolescentes enquanto seus familiares precisam trabalhar. O salário é bem abaixo das exigências.
Marcela Oliveira Afonso, 41, professora (Juiz de Fora, MG)
Minha relação é composta por muito compromisso e responsabilidade.
Gildazio Garcia Vitor, 62, professor (Ipatinga, MG)
Deixei a CLT porque sofri assédio moral e desenvolvi burnout graças ao trabalho que amava, que era minha vida. Agora estou trabalhando em projetos pontuais, mas me sinto muito valorizada, ainda com menos dinheiro, mas muito mais feliz!
Camila Ferres Kuchnir, 38, professora (Piracicaba, SP)
A relativa independência da função pública proporciona uma boa relação com a rotina de trabalho. Consigo incorporar atividades pessoais nessa prática, valorizando ambas. Porém, os entraves burocráticos na universidade desanimam, gastando muito tempo para contorná-los.
Adilson Roberto Gonçalves, 55, pesquisador científico (Campinas, SP)
Na atual conjuntura não! Sofremos situações dramáticas de desumanização das relações cotidianas de trabalho. E a principal causa deste processo é a carência da escuta atenta e acolhedora. Estamos deixando de lado a essência viva do cuidar ético.
Sandro Ricardo Ruys, 48, gerente de serviços sociais (São Paulo, SP)
Quando acerto não recebo elogios, mas quando erro, o mundo desaba apontando suas feridas lembradas.
Bruno Augusto da Cunha, 40, engenheiro agrônomo (Taubaté, SP)
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