Nesta semana, a Folha perguntou aos leitores de que forma é possível valorizar o futebol feminino e que tipos de iniciativas tornariam essas disputas mais populares e poderiam contribuir para solidificar a categoria. Confira a seguir algumas respostas.
Para valorizar o futebol feminino no Brasil é necessário que os brasileiros comecem a ter consciência de que os jogos femininos são iguais aos dos masculinos. Os influenciadores digitais deveriam mostrar que estão assistindo e acompanhando; bares e restaurantes podiam passar esses jogos nos telões e também deveria haver um incentivo para as meninas jogarem futebol.
Camilla Yumi Endo (Maringá, PR)
Para mim não há outra maneira senão midiatizar ao máximo: falar o tempo todo na TV, jornais, podcasts e internet sobre o tema. A cada dia contar uma novidade. Entrevistar as jogadoras. Lembrar que o Brasil é o país do futebol. Mais ou menos como se faz com qualquer tema que explode (a cobertura midiática de um crime, por exemplo). Passada a Copa, continuar falando e transmitindo os jogos.
Tainá Nunes Ferreira (Belo Horizonte, MG)
Para o longo prazo é necessário mudar culturalmente o papel das crianças e jovens meninas no esporte. Desde muito tempo, no Brasil, o esporte em idade escolar é coisa de meninos. No médio prazo é necessário ter uma rede de apoio aos jovens aspirantes a atletas.
Uma outra ideia: uma verdadeira Copa do Mundo de futebol (com as seleções femininas e masculinas).
Lucas Andre Rack de Oliveira (São Paulo, SP)
Mais divulgação. Sou fã do futebol feminino e uma das minhas principais dificuldades para acompanhar os jogos é a falta de informação sobre quando acontecem partidas e campeonatos, além de comentários sobre os jogos. Fora isso, os horários dos jogos são muito ruins. Colocar uma partida quinta-feira às 15h é para quase ninguém assistir.
Carine Braga Rocha (Rio de Janeiro, RJ)
Mais transmissão de jogos, mais categorias de base, que é o que faz todo esporte crescer.
Karine Fazollo (Porto Alegre, RS)
Formação de categorias de base decentes para que novos talentos apareçam e sejam bem instruídos; profissionalização dos times e que as agremiações cedam estrutura digna para recuperação, treinamento e jogos; calendário de competições para os times terem um ano inteiro de atividade; investimento de anunciantes; transmissões dos jogos pela TV para o que o público se acostume com os jogos e veja que existe futebol feminino além das Olimpíadas e Copa.
Paulo Octavio Pacheco (Osasco, SP)
Propagandas que mostrem o quanto o futebol feminino também faz parte da nossa cultura e o quanto ele impacta a união de família e amigos em momentos de Copa, igual o masculino faz.
Ana Julia Silva (São Paulo, SP)
Não tentar concorrer com o futebol masculino, mas buscar uma característica própria, como no vôlei. O futebol feminino é muito bonito e não precisa ser bordado para melhorar a estética visual. Se melhorar a transmissão, teria um ganho significativo.
José Lucas Porto (Itabira, MG)
Outra iniciativa é vincular o futebol feminino a um esporte sem violência, de respeito ao adversário.
Aloisio Francisco (Cuiabá, MT)
Aumento de competições escolares e universitários supervisionados pelas federações; trabalho de base com competições regionais, nacionais e internacionais; criação de uma Copa Brasil, no lugar da Supercopa, com todos os times que estão na série A1, A2 e A3.
Alexandre Silva (Belo Horizonte, MG)
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