O espaço de tempo que nos separa da abolição da escravidão é muito menor do que os mais de três séculos durante os quais esse regime de tortura e terror operou no Brasil. Foram 350 anos entre o desembarque dos primeiros africanos escravizados e a Lei Áurea, assinada pela Princesa Isabel em 13 de maio de 1888.
Mas essa data não é comemorada pelos movimentos negros, uma vez que a população negra não recebeu nenhum amparo e foi marginalizada e perseguida logo após a abolição. Em vez disso, se escolheu o 20 de novembro, dia ao qual se atribui a morte de Zumbi dos Palmares, como Dia da Consciência Negra.
No episódio desta sexta-feira (19), o Café da Manhã conversa com o professor do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa e pesquisador do campo do direito e das relações raciais Marcos Queiroz sobre como esse período da história brasileira é compreendido e ensinado e por que a escravidão ainda é alvo de desinformação e relativização.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando abaixo. Para acessar no aplicativo basta se cadastrar gratuitamente.
Ouça o episódio:
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Magê Flores, Angela Boldrini, Victor Lacombe e Natália Silva, com produção de Laila Mouallem e Victor Lacombe. A edição de som é de Thomé Granemann.
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