Em uma série de áudios enviados a amigos, o deputado estadual Arthur do Val (Podemos-SP) diz que as ucranianas são fáceis de pegar por serem pobres —e que a fila de refugiados da guerra tem mais mulheres bonitas do que a "melhor balada do Brasil". As mensagens geraram uma onda de repúdio contra o político.
Arthur é um dos nomes do MBL (Movimento Brasil Livre) e tinha ido à Ucrânia com Renan Santos, um dos dirigentes do grupo, para acompanhar o conflito contra a Rússia. Eles dizem ter arrecadado R$ 180 mil em doações e colaborado na fabricação de coquetéis molotov.
O deputado pediu desculpas, disse que os áudios foram um erro e desistiu de se candidatar ao governo de São Paulo. Mesmo assim, ocaso tem provocado um desgaste ao MBL, num momento em que o grupo tenta costurar um caminho político depois de ter se afastado do governo Jair Bolsonaro.
No episódio desta terça-feira (8), o Café da Manhã discute o papel de movimentos como o MBL na direita brasileira, o impacto dessa crise na imagem deles e o futuro político do grupo. O podcast conversa com Celso Rocha de Barros, doutor em sociologia pela Universidade de Oxford e colunista da Folha.
Ouça o episódio:
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelos jornalistas Bruno Boghossian e Maurício Meireles, com produção de Daniel Castro, Jéssica Maes e Victor Lacombe. A edição de som é de Laila Mouallem.
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