Em vez de aulas de química, uma disciplina com jogos de tabuleiro. No lugar de focar conteúdos ligados à matemática, ser matriculada no currículo de humanas, para que a escola equilibrasse as turmas. Foi assim até aqui a experiência de Janet Baez, 18, com o novo ensino médio numa escola estadual em Taboão da Serra (SP).
Obstáculos parecidos foram enfrentados por outros estudantes, que engrossaram críticas ao modelo —aprovado em 2017, ainda no governo Michel Temer (MDB), com um cronograma de implantação de cinco anos.
No começo do mês, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) suspendeu o processo, bem como mudanças previstas no Enem, por 60 dias. Nesse tempo, uma consulta pública será realizada para, nas palavras do presidente, aperfeiçoar o modelo.
A decisão recebeu críticas de secretarias estaduais de educação e entidades ligadas a escolas particulares. Ainda assim, especialistas têm se dividido entre os que defendem a suspensão como oportunidade para resolver os problemas de implementação do novo ensino médio e os que acham necessário revogar o modelo.
No episódio desta quarta-feira (12) do Café da Manhã, a repórter da Folha Isabela Palhares explica o debate que envolve o novo ensino médio e analisa os impactos da suspensão na comunidade escolar.
O programa de áudio é publicado no Spotify, serviço de streaming parceiro da Folha na iniciativa e que é especializado em música, podcast e vídeo. É possível ouvir o episódio clicando acima. Para acessar no aplicativo, basta se cadastrar gratuitamente.
O Café da Manhã é publicado de segunda a sexta-feira, sempre no começo do dia. O episódio é apresentado pelas jornalistas Magê Flores e Gabriela Mayer, com produção de Carolina Moraes e Victor Lacombe. A edição de som é de Thomé Granemann.
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