Para ser modelo, princesa evita biquínis e ensaios sensuais
Para seguir a carreira de modelo, a princesa Paola Maria Bourbon de Orleans e Bragança Sapieha, 24, teve de acatar algumas imposições da família. Ela não desfila de biquíni nem aceita posar para ensaios que possam ser considerados sensuais.
A tataraneta da princesa Isabel diz que sofreu um pouco de preconceito quando decidiu deixar o palácio Grão-Pará, em Petrópolis (RJ) para virar modelo em São Paulo. "No começo, achavam que eu entraria na passarela usando coroa e vestido rosa", diz.
Marcio Neves/Divulgação |
Tataraneta da princesa Isabel, Paola de Orleans e Bragança virou modelo em SP |
Paola descobriu sua aptidão para o mundo da moda aos 17, no Rio de Janeiro. "Fiz umas fotos para uma loja de jóias de uma amiga de minha mãe [a princesa Maria Cristina do Rosário Bourbon de Orleans e Bragança]", diz. "Me empolguei ao receber meu primeiro dinheiro. Então coloquei as fotos debaixo do braço e fui em busca de um emprego."
Assim como o "Orleans e Bragança" que carrega no nome lhe rendeu ciúme de algumas colegas, ela admite que ajudou a realizar o sonho de virar modelo. "Há um certo charme no fato de eu ser uma princesa."
A princesa-modelo admite que as limitações impostas pelas exigências da família a obriga a abrir mão de alguns trabalhos. "Precisei desistir de alguns trabalhos em respeito ao meu sobrenome", diz a princesa que veste roupas tamanhos 38 e mede 1,79m de altura.
Ela afirma que não se arrepende de ter recusado alguns convites para ensaios sensuais. "Ao me negar a fazer determinadas fotos, também defino meu perfil no mundo da moda."
Apesar de aceitar algumas imposições da família, a tataraneta da princesa Isabel se diz independente. "Eu que decidi virar modelo. Eu pago as minhas contas e sei bem o que quero para o futuro."
Designer de jóias
Paola, que hoje mora em Higienópolis (região central de São Paulo), está no último ano de design de produtos na Faap (Fundação Armando Álvares Penteado). Pelo curso, ela paga uma mensalidade de R$ 2.043.
"Este ano preciso fazer um estágio. Quero ser designer de jóias". Ela acredita que, assim, poderá conciliar a formação universitária com seu trabalho de modelo.
Ela faz a pé o percurso de casa até a faculdade, que fica no mesmo bairro. "Também vou andando até a região da avenida Paulista. Gosto muito de suas opções culturais."
Paola diz que sempre que pode corre para Petrópolis para "recarregar as energias". No último Carnaval, foi para a Marques de Sapucaí, no Rio, acompanhar os desfiles das escolas de samba. "Não torço para nenhuma [escola], mas fui porque gosto do espetáculo e de todo o tipo de música", diz.
Como membro da família real, a modelo-princesa acredita que é sua obrigação ajudar a sociedade. "Quero contribuir para o Brasil com a minha profissão, mas ainda não sei como."
Quando o assunto é a remota possibilidade de um retorno do Brasil à monarquia, ela não tem dúvidas: "sou a favor". Mas ela não soube dizer como a volta desse sistema poderia ajudar o país: "eu odeio política".
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