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Incidente de Ciro em MG não desmerece suas propostas, diz Lacerda

Presidenciável reclamou do tempo dedicado às respostas em evento e saiu vaiado

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Belo Horizonte

O ex-prefeito de Belo Horizonte e pré-candidato ao governo de Minas, Márcio Lacerda (PSB), saiu nesta quarta (20) em defesa de Ciro Gomes (PDT), que deixou o congresso de municípios mineiros vaiado nesta terça (19). 

O pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) conversa com o pré-candidato ao governo de Minas Márcio Lacerda (PSB)
O pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) conversa com o pré-candidato ao governo de Minas Márcio Lacerda (PSB) - Carolina Linhares - 15.jun.18//Folhapress

O pedetista se irritou ao ser interrompido quando seu tempo de fala acabou e bateu boca com a plateia, abandonando o evento antes do previsto sob vaias e tensão. A atitude gerou questionamento por parte dos prefeitos na plateia sobre a capacidade de Ciro em assumir um cargo como o de presidente da República. 

"Houve um pequeno incidente, mas isso não desmerece toda a história do candidato e suas propostas", disse Lacerda. "Ele foi muito aplaudido também nos momentos em que falou da necessidade de mudar o pacto federativo, de uma reforma tributária, de os prefeitos terem mais protagonismo."

Em Minas, o PDT já formalizou apoio à pré-candidatura do pessebista. Caso uma aliança entre o PSB e o PDT seja adotada também no plano nacional, o nome de Lacerda é cogitado para a vaga de vice de Ciro.

O PSB, porém, também é disputado pelo PT e pode indicar um vice ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), embora Lacerda veja essa aliança como menos provável. 

A respeito da confusão com Ciro, o presidente da Associação Mineira de Municípios, prefeito Julvan Lacerda (MDB), de Moema (MG), que era o anfitrião, disse ter visto o posicionamento do pré-candidato com estranheza. 

"Todos os pré-candidatos estavam sabendo das regras. Vi com estranheza aquele posicionamento dele, mas eu respeito e está tranquilo. Deu pra gente poder ver como que ele reage a situação como essa", disse. 

Ainda na terça, Julvan foi mais enfático ao criticar a atitude de Ciro. "Esse momento é para conhecer as propostas e o candidato. Ver se a pessoa tem capacidade de administração, de administrar o tempo que tem para apresentar suas propostas, se sabe cumprir regra e se tem pelo menos educação para poder lidar com a gente."

Ciro havia reclamado de que não fora avisado que teria apenas cinco minutos para considerações iniciais e três minutos para responder a perguntas. 

As mesmas regras foram aplicadas aos demais pré-candidatos participantes: Álvaro Dias (Podemos), Paulo Rabello de Castro (PSC), Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (Rede). 

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