Descrição de chapéu Eleições 2018

Com folga, petista Camilo Santana é reeleito governador do Ceará

Atual chefe do executivo do estado teve 78% dos votos válidos

João Pedro Pitombo
Salvador

Com uma vitória contundente e previsível, o governador Camilo Santana (PT) foi reeleito para mais quatro anos à frente do governo do Ceará.

Camilo teve 79,9% dos votos válidos contra apenas 11,3% do General Theophilo (PSDB), segundo colocado. 

Camilo Santana foi para a disputa com um arco de alianças formal de 16 partidos, numa coligação que inclui do PCdoB ao DEM. Ainda teve o apoio informal de outros oito partidos, incluindo antigos oposicionistas locais como MDB, PSD e Solidariedade.

 O governador do Ceará, Camilo Santana, que foi reeleito neste domingo (7)
O governador do Ceará, Camilo Santana, que foi reeleito neste domingo (7) - Pedro Ladeira/Folhapress

Na campanha, teve uma postura equidistante da disputa nacional, na qual seus aliados Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT) enfrentaram-se em candidaturas distintas.

Com isso, focou suas energias na disputa local, reiterando os pontos fortes de sua gestão, como a construção de escolas em tempo integral e a melhoria dos indicadores do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).

Por outro lado, teve que defender-se de críticas, sobretudo na área de segurança. Foram 5.134 mortes violentas em 2017, um aumento de 50% em relação ao ano anterior.

Para contrapor o petista na área de segurança, o PSDB escolheu como candidato o general quatro estrelas Guilherme Theophilo, recém-convertido à reserva e com experiência em combate à violência – ele fez parte da equipe de planejamento da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro.

A candidatura do general, contudo, não decolou. Além de lhe faltar um palanque nacional forte, o tucano foi criticado pelos adversários por não ter feito carreira no Ceará e, supostamente, não conhecer os problemas do estado.

Mesmo com uma família de raízes cearenses, Theophilo fez carreira fora de seu estado – nos últimos anos viveu em Manaus (AM), onde exerceu a chefia do Comando Militar da Amazônia e o comando da 12ª Região Militar.

Sua candidatura surgiu em meio a um vazio de oposições no Ceará depois que nomes como o senador Eunício Oliveira (MDB) aproximaram-se do governador Camilo Santana.

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