Haddad perde para Bolsonaro em São Paulo e em outras duas capitais do Sudeste

Na cidade que governou de 2013 a 2016, petista tem 44% no Datafolha, ante 56% do adversário

São Paulo

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) perde na capital para seu rival na corrida presidencial. O petista tem 44% de intenções dos votos válidos, enquanto Jair Bolsonaro (PSL) alcança 56%.

Segundo a pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (27), na véspera do segundo turno para a Presidência da República, Haddad é derrotado pelo capitão reformado em outras duas capitais do Sudeste com dados tabulados pelo instituto —Rio de Janeiro (43% contra 57%) e Belo Horizonte (mesmos percentuais).

Os resultados do levantamento estão em consonância com o desempenho dos dois presidenciáveis nos respectivos estados. O deputado federal supera com folga o ex-prefeito em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Quando são analisados os dados divididos por região do país, Haddad registra uma situação mais vantajosa no Nordeste —única área onde lidera. No Norte e no Centro-Oeste, ele ganhou terreno nos últimos dias, mas o avanço foi insuficiente para ameaçar a liderança do rival.

O levantamento divulgado pelo Datafolha neste sábado mostrou que, no resultado geral do país, Bolsonaro obtém 55% das intenções de votos válidos, com 10 pontos de vantagem sobre Haddad, que está com 45%.

O Datafolha realizou 18.371 entrevistas em 340 municípios na sexta (26) e neste sábado. A pesquisa, contratada pela Folha e pela TV Globo, foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o domínio BR-02460/2018.

O petista disputou a reeleição municipal em 2016 e perdeu no primeiro turno para o empresário João Doria (PSDB), que alcançou 53% dos votos válidos, contra 16% do então ocupante da cadeira.

Em setembro daquele ano, no meio da campanha para renovar o mandato, Haddad era reprovado por 40% da população e aprovado por apenas 18%, segundo o Datafolha.

Como prefeito, de 2013 a 2016, o indicado de Lula melhorou as contas públicas e avançou nos programas de mobilidade, mas tropeçou em zeladoria e obras, engolido por um cenário de crise econômica e política.

O petista encerrou em São Paulo sua campanha do segundo turno, neste sábado. Ele fez uma caminhada em Heliópolis (zona sul) ao lado de aliados políticos e militantes.

"Eu terminei a campanha aqui porque sei que, se virar em São Paulo, eu viro no Brasil", disse.

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