O presidente Jair Bolsonaro (PSL) escolheu Carlos Mário Velloso Filho para ocupar a vaga de ministro substituto do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
A decisão pelo novo magistrado foi tomada nesta quinta-feira (4), mas seu nome só deve ser publicado no Diário Oficial da União na edição desta sexta (5).
Velloso é subprocurador-geral da Procuradoria-Geral do Distrito Federal e filho de Carlos Velloso, ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente da corte de 1999 a 2001. Ele figurava o terceiro lugar na lista tríplice apresentada ao presidente.
Disputavam a vaga a advogada Daniela Teixeira, ex-presidente da OAB-DF, e o professor de direito público Marçal Justen Filho.
Daniela foi a primeira colocada após obter 10 votos do STF. Porém, ela desagradava o próprio presidente, com quem teve um bate-boca quando ele ainda era deputado.
Aliados de Bolsonaro passaram a divulgar nos últimos dias vídeos em que ela aparece discutindo com o então deputado federal, em 2016.
A advogada se desentendeu com o então parlamentar quando participou de uma sessão de combate à cultura do estupro.
Apesar das críticas de aliados de Bolsonaro, o nome de Daniela contou com o apoio da bancada feminina da Câmara.
Como mostrou a colunista Mônica Bérgamo, da Folha, uma carta de apoio à advogada foi levada ao Palácio do Planalto e contou com assinaturas de deputadas do PSL, como Soraya Santos (PSL-RJ), que é primeira-secretária da Câmara, e da deputada Professora Drinha (DEM-GO), coordenadora da bancada feminina.
Elas argumentava que a não indicação de Daniela tornará o TSE composto apenas por homens, já que a ministra Rosa Weber deixa a corte em 2020.
A lista com os três nomes mais votados pelo STF foi entregue a Bolsonaro na última segunda-feira (1º) pelo presidente do STF, Dias Toffoli.
Como noticiou a coluna Mônica Bergamo, da Folha, ministros do Supremo consideravam a candidatura de Velloso como imprópria por manter a prática de indicação de filhos de magistrados, ou ex, para cargos no Judiciário.
Velloso é a segunda indicação de Bolsonaro para o TSE. Em abril ele decidiu nomear Sérgio Silveira Banhos para a corte eleitoral para a vaga de Admar Gonzaga.
O novo escolhido ficará como substituto no lugar de Banhos, que passará agora a vaga de titular do tribunal.
Os dois indicados pelo presidente atuarão nas eleições municipais de 2020.
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