Descrição de chapéu STF

Bolsonaro diz concretizar compromisso de levar 'terrivelmente evangélico' ao STF

Senado sabatinou e aprovou pastor e ex-AGU para a corte, após quase cinco meses de espera

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Brasília

Após a aprovação de André Mendonça para o STF (Supremo Tribunal Federal), o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quarta-feira (1º) ter realizado seu compromisso de indicar um nome "terrivelmente evangélico" para a Corte.

"O meu compromisso de levar ao Supremo um terrivelmente evangélico foi concretizado no dia de hoje", disse o mandatário no Twitter.

Ainda no seu primeiro ano de mandato, em 2019, o chefe do Executivo fez a promessa de colocar um representante do segmento religioso na corte.

O ex-AGU, André Mendonça, aprovado para o STF no Senado - Reuters

Apesar de Mendonça não integrar as primeiras indicações que surgiram de líderes evangélicos, ele é pastor e foi se aproximando ainda mais de importantes nomes de igrejas nos últimos meses, como Silas Malafaia.

Os evangélicos fazem parte da base eleitoral de Bolsonaro e foram eles os principais fiadores da indicação de Mendonça para o STF.

"Nossos parabéns ao André, parabéns a Miracatu/SP (sua terra Natal) e boa sorte ao mesmo nessa longa jornada na defesa da Constituição, da Democracia e da nossa vital Liberdade".

O mandatário agradeceu ainda aos 47 senadores que aprovaram o nome do ex-ministro da Justiça por entenderem que ele fosse capacitado para a "missão", jargão bolsonarista. Este é o segundo e último indicado do presidente para o STF.

Mendonça foi aprovado com placar de 47 favoráveis e 32 contrários. Eram necessários 41 votos no plenário. O ex-ministro da Justiça teve o menor número de votos de senadores para uma vaga no STF.

O ministro bateu também recorde de demora para ter o nome analisado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), onde foi sabatinado e aprovado antes de seguir para o plenário.

A principal resistência vinha do presidente do colegiado, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP). O parlamentar trabalhou até o último minuto para tirar votos do indicado. O presidente recebeu, na véspera da sabatina, Alcolumbre no Planalto, fora da agenda.

Na avaliação de auxiliares palacianos, apesar de ter atuado nos bastidores contra Mendonça e de ter segurado por quase cinco meses a sabatina, o presidente da CCJ conduziu a sessão de forma correta nesta quarta-feira.

Apesar de gestos de última hora do presidente ao seu indicado, senadores se queixavam de que o governo teria praticamente abandonado o ex-AGU às vésperas da sabatina.

Coube aos evangélicos assumir a frente das ações para tentar aprovar o nome de Mendonça. O grupo atuou para evitar um esvaziamento da sessão plenária em que a indicação será votada.

Congressistas relatam que nem o Planalto nem integrantes da base bolsonarista na Casa fizeram nos últimos dias investidas por votos para garantir a aprovação da indicação do ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União para uma vaga no STF (Supremo Tribunal Federal).

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