Descrição de chapéu Eleições 2022

Veja quem é quem no debate presidencial deste domingo às 21h

Evento organizado em pool por Folha, UOL e TVs Bandeirantes e Cultura será neste domingo (28)

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São Paulo

O primeiro debate presidencial do ano neste domingo (28) reúne metade dos candidatos ao Planalto nessas eleições. O evento é organizado em pool por Folha, UOL e TVs Bandeirantes e Cultura, com início previsto para as 21h.

Acompanhe o debate ao vivo

Além de marcar o primeiro encontro dos líderes das pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), foram convidados Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Luiz Felipe d'Avila (Novo) e Soraya Thronicke (União Brasil), de partidos com representantes na Câmara de Deputados.

Na última pesquisa Datafolha, realizada de 16 a 18 de agosto com 5.788 eleitores em 281 cidades, Lula liderava com 47% das intenções de voto, seguido por Bolsonaro com 32% e Ciro com 7% e Tebet com 2%. Felipe D'Avila e Soraya Thronicke não pontuaram no levantamento, que tem margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos.

Lula, Jair Bolsonaro, Ciro Gomes, Luiz Felipe d Avila, Simone Tebet e Soraya Thronicke, os seis candidatos convidados ao primeiro debate para a Presidência da República. - Adriano Machado/Reuters, Douglas Magno/ AFP, Pedro Ladeira/Folhapress, Zanone Fraissat/Folhapress, Adriano Vizoni/Folhapress, Adriano Vizoni/Folhapress.

Quem é Ciro Gomes?

Ciro Ferreira Gomes (PDT), 64, é advogado e disputa a Presidência pela quarta vez, com Ana Paula Matos, do mesmo partido, como vice. Em 2018, terminou em terceiro lugar na disputa. Nascido em Pindamonhangaba, São Paulo, cresceu e iniciou a carreira política em Sobral, no Ceará. O PDT é seu sétimo partido. Antes, passou pelo PROS, PSB, PPS, PSDB, PMDB e PDS.

Foi ministro dos governos de Lula e Itamar Franco, governador do Ceará, secretário de Saúde do estado, deputado federal, deputado estadual e prefeito de Fortaleza. Formado em direito pela Universidade Federal do Ceará, foi professor universitário, pesquisador e advogado.

Em 2015, presidiu a Transnordestina, subsidiária da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) responsável pelas obras da ferrovia homônima no Nordeste. Deixou o cargo em maio do ano seguinte, após se posicionar contra o impeachment de Dilma Rousseff.

Ao longo da carreira política, acumulou polêmicas por seu conhecido estilo verborrágico. O episódio mais rumoroso foi na campanha presidencial de 2002. Na época, questionado sobre o papel que sua então mulher, a atriz Patrícia Pillar, tinha na campanha, o candidato disse que o principal era dormir com ele.

Quem é Felipe D’Avila?

Luiz Felipe D'Avila, candidato à Presidência pelo Novo - Adriano Vizoni/Folhapress

Felipe D'Avila (Novo), 59, disputa a Presidência pela primeira vez com Tiago Mitraud, deputado do mesmo partido por Minas Gerais, como vice. A chapa foi lançada no final de 2021 após um racha interno na legenda diante de divergências em relação ao governo de Jair Bolsonaro. D'Avila defendeu o impeachment do presidente.

Nascido na cidade de São Paulo, é graduado em ciências políticas pela Universidade Americana em Paris, com mestrado em administração pública pela Harvard Kennedy School.

Fundou o Centro de Liderança Pública (CLP), entidade que avalia a eficiência no uso de recursos públicos por governos. Ex-tucano, ele foi coordenador do programa de governo de Geraldo Alckmin para a Presidência em 2018 e deixou o PSDB posteriormente. Também foi diretor-superintendente da editora Abril e é autor de livros sobre história e política.

Quem é Jair Bolsonaro?

Jair Bolsonaro (PL), 67, disputa a reeleição com Walter Braga Netto, do mesmo partido, como vice. Capitão reformado do Exército, foi eleito em 2018 ao derrotar Fernando Haddad, do PT, com um discurso em que se colocava como outsider na política, embora estivesse no sétimo mandato como deputado federal.

De mais de 170 projetos de sua autoria, apenas dois viraram lei. Seus quase 30 anos na Câmara foram pautados pela adoção de um discurso agressivo e radical, incluindo ataques a gays e mulheres, defesa da ditadura militar, de um novo golpe de Estado, assassinato de criminosos, entre outros pontos.

Filiou-se ao PSL em 2018 para se candidatar à Presidência. Ele deixou o partido em novembro de 2019, tentou, sem sucesso, criar o próprio partido, e se juntou ao PL em 2021 para tentar o segundo mandato.

Iniciou a campanha a reeleição em Juiz de Fora (MG), cidade em que foi vítima de um ataque a faca durante a corrida presidencial para o seu primeiro mandato. Tem mandato marcado pelo negacionismo da pandemia da Covid e por ataques a outros Poderes e ameaças golpistas.

Quem é Lula?

Lula (PT), 76, disputa a Presidência pela sexta vez com Geraldo Alckmin (PSB) como vice. Nascido em Guaranhus, Pernambuco, começou a carreira política como líder sindical, fundou o Partido dos Trabalhadores e foi eleito deputado federal em 1986.

Foi presidente por dois mandatos, de 2003 a 2010, deixando o Palácio do Planalto como o mais popular ocupante do cargo da história, apesar de ter enfrentado o escândalo do mensalão durante sua gestão, e fazendo como sucessora Dilma Rousseff, que sofreu impeachment em 2016.

Em 2018, foi preso após ser condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá. Naquele ano, teve a candidatura barrada com base na Lei da Ficha Limpa e foi substituído por Fernando Haddad.

Em 2019, Lula foi solto um dia após o STF (Supremo Tribunal Federal) decidir que a execução da pena só deve acontecer com o trânsito em julgado da sentença.

Em março de 2021, ele recuperou os direitos políticos diante da decisão do ministro do STF Edson Fachin de anular suas condenações na Lava Jato, ao considerar a Justiça Federal do Paraná incompetente para julgá-lo.

No mesmo mês, o STF concluiu que Moro agira com parcialidade na condução do processo que levou à condenação de Lula. O tribunal também anulou todos os atos do juiz no processo.

Quem é Simone Tebet?

Simone Nassar Tebet (MDB), 52, disputa a Presidência da República pela primeira vez com Mara Gabrilli, senadora por São Paulo pelo PSDB, como vice.

Senadora por Mato Grosso do Sul, Tebet foi presidente da Comissão de Constituição e Justiça e disputou a presidência da Casa em 2021, mas perdeu força na reta final da campanha após um racha do MDB em torno da candidatura de Rodrigo Pacheco, apoiado por Jair Bolsonaro.

O nome de Tebet como representante da chamada terceira via passou a ser cogitado por sua atuação de destaque durante a CPI da Covid.

Advogada, professora e escritora, ela foi vice-governadora do estado na gestão de André Puccinelli, prefeita de Três Lagoas, cidade onde nasceu, e deputada estadual. Tebet é filha de Ramez Tebet, senador e ex-presidente do Congresso Nacional falecido em 2006. É filiada ao MDB desde 1997.

Quem é Soraya Thronicke?

Sentada com um conjunto de blazer de calça cinza xadrez, Soraya, uma mulher branca, cabelos castanhos claros na altura dos ombros. Ela tem as mãos diante do corpo e sorri para o retrato
A candidata à Presidência Soraya Thronicke (União Brasil) - Adriano Vizoni - 19.ago.2022/Folhapress

Soraya Vieira Thronicke (União Brasil), 49, disputa a Presidência pela primeira vez com o ex-secretário da Receita Federal, o economista Marcos Cintra, do mesmo partido, como vice.

A candidatura foi lançada de última hora, como plano B da legenda — fundada em 2021 com a fusão do PSL e DEM—, representada até então por seu presidente, o deputado Luciano Bivar (PE).

Nascida em Dourados, em Mato Grosso do Sul, advogada e empresária, ela e a família foram donos de uma franquia de escolas de idioma e em negócios que incluíam uma rede de motéis

Soraya ficou conhecida por atuar em movimentos de rua contra o PT, organizando passeatas pelo impeachment de Dilma Rouseff, e por promover ações contra políticos.

Na viagens a Brasília a trabalho visitava o Congresso para pedir apoio para o afastamento de Dilma, movimento que a aproximou de Jair Bolsonaro, de quem recebeu o convite para se filiar ao PSL. Foi eleita em 2018, na onda bolsonarista, com a candidatura alavancada com o discurso anticorrupção.

Chegou a ser vice-líder do governo Bolsonaro, mas começou a entrar na mira de bolsonaristas radicais durante a CPI da Covid, quando não endossou a estratégia do governo de desviar o foco da investigação. Mais recentemente, foi contra a gestão Bolsonaro e assinou o requerimento da CPI para investigar corrupção no Ministério da Educação.

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