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Justiça Eleitoral retira candidatura de David Miranda após pedido da família

Deputado federal está internado desde agosto com complicações intestinais

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São Paulo

A Justiça Eleitoral retirou, nesta terça-feira (20), a candidatura à reeleição do deputado federal David Miranda (PDT-RJ), após pedido da família.

Nas redes sociais, o jornalista Glenn Greenwald explicou que a decisão foi tomada devido às condições de saúde do marido. David está internado desde o início de agosto, no Rio de Janeiro.

O deputado foi internado para tratar uma infecção intestinal, após sentir dores abdominais. Os médicos, então, perceberam complicações no diagnóstico.

O jornalista Glenn Greenwald e seu marido, o deputado David Miranda (PDT-RJ), em jantar promovido por Luísa Mell, ativista dos direitos animais - Ronny Santos - 15.mar.22/Folhapress

David gravou um vídeo dias após ser internado, afirmando estar bem e agradecendo o carinho dos eleitores e dos seguidores que o acompanham. Desde então, ele teve piora no quadro clínico.

Em 11 de agosto, Glenn afirmou que as coisas tinham "parado de piorar", e que os exames estavam mostrando um pouco de melhora. Ele afirma que o quadro é estável, embora grave, e que David melhorou significativamente na última semana, o que deixou a família esperançosa por uma recuperação completa —apesar de não haver nada consolidado em relação à alta hospitalar. Os dois são casados há 14 anos.

O jornalista afirmou que a recuperação de Miranda é prioridade.

No sistema de candidaturas do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) já constava nesta terça a renúncia da candidatura. Segundo o laudo médico apresentado pelo marido do deputado e constante no processo, o paciente está sem consciência plena, sem capacidade de participar de conversas complexas ou tomar decisões.

O laudo diz ainda que a possibilidade de David se recuperar até o dia do pleito, em 2 de outubro, é extremamente baixa.

Anteriormente filiado ao PSOL, David Miranda é hoje parte do PDT, apoiando a candidatura de Ciro Gomes, do mesmo partido. Disse à Folha, porém, que votará em Lula (PT) caso ele dispute um eventual segundo turno contra o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).

Em fevereiro do ano passado, enviou à Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão do Ministério Público Federal uma representação contra a TV Record por reportagem que abordou a chamada "ideologia de gênero" nas escolas, alegando que a emissora praticou e incitou a homofobia.

Também passou a receber ataques racistas e homofóbicos por parte de alas do PT quando decidiu sair do PSOL e apoiar Ciro, e não Lula, na eleição.

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