Descrição de chapéu Governo Lula

Presidente da União Brasil defende ministra desgastada por elo com milicianos

Luciano Bivar disse que confia na correligionária que foi escolhida por Lula para chefiar o Ministério do Turismo

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Brasília

O presidente da União Brasil, deputado Luciano Bivar, emitiu uma nota oficial para defender a nomeação de Daniela Carneiro como ministra do Turismo do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No texto, o partido não cita a revelação de que o grupo político de Daniela mantém vínculos com a família do ex-PM Juracy Alves Prudêncio, o Jura, condenado e preso sob acusação de chefiar uma milícia na Baixada Fluminense, além de outros dois acusados de envolvimento com esse tipo de organização criminosa.

"O União Brasil reconhece a competência e confia na capacidade de gestão da ministra do Turismo, Daniela Carneiro, a deputada federal mais votada do Rio de Janeiro. Uma escolha acertada do presidente Lula para conduzir a política de turismo no país rumo ao desenvolvimento econômico e social", afirma.

Daniela Carneiro no dia em que foi anunciada ministra pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em dezembro de 2022 - Pedro Ladeira/Folhapress

Além de ter elo com Jura, antes de ser nomeada por Lula, Daniela fez campanha no último ano ao lado do vereador Fábio Brasil, o Fabinho Varandão, e de familiares do ex-vereador Márcio Pagniez, o Marcinho Bombeiro. Os dois foram presos em razão das suspeitas de envolvimento com milícia.

Respondendo às acusações em liberdade, Varandão compõe desde 2021 o secretariado da Prefeitura de Belford Roxo, comandada por Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho (União Brasil), marido da ministra. Atualmente ele está na pasta de Ciência e Tecnologia.

Marcinho Bombeiro segue preso, mas sua irmã e seu pai também foram nomeados na prefeitura. Os dois também tiveram participação ativa na campanha da ministra no ano passado e foram anfitriões de um comício no bairro em que, segundo o Ministério Público, atuava a chamada Tropa do Marcinho.

A Prefeitura de Belford Roxo disse, em nota, que, independentemente de "possíveis atos cometidos pelo parente", nada desabona a conduta de Rosimery e Aracimy, —irmã e pai de Marcinho Bombeiro, respectivamente.

Os auxiliares de Lula também tentaram minimizar as notícias sobre o caso e afirmaram que não há nada até o momento que comprove o vínculo da política com as milícias.

Em entrevista à imprensa na quarta-feira (4), o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), disse que não há "materialidade concreta" que comprometa Daniela.

"Não tem até aqui nenhuma outra repercussão, nenhuma materialidade concreta sobre nada que crie nenhum tipo de desconforto até o momento. Se surgirem coisas novas, aí é outra história. Mas até aqui não tem nada que provoque nenhum tipo de desconforto, não", afirmou, no Planalto.

O titular da Secretaria de Relações Institucionais, ministro Alexandre Padilha, por sua vez, elogiou Daniela e disse que nada do que surgiu até o momento desabona a colega de Esplanada.

"Tudo o que apareceu até agora, na minha opinião, não desabona em nada a grande deputada que é a deputada Daniela do Waguinho, que foi a deputada mais votada do Rio de Janeiro. Que na sua fala inicial, eu estava junto no convite ao Ministério do Turismo, deu uma demonstração assim de muita vontade de fazer um grande trabalho pelo Brasil", afirmou Padilha em entrevista à GloboNews.

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