Datafolha: 29% dizem jamais votar em Boulos em SP, ante 26% em Nunes; Kim lidera rejeição

Entre os pré-candidatos em SP, Tabata é a que sofre menor resistência numericamente

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São Paulo

Na largada da disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2024, os dois candidatos à frente na corrida se igualam quando o assunto é rejeição. Dizem não votar de forma alguma em Guilherme Boulos (PSOL) 29% dos entrevistados, empate técnico com o atual mandatário, Ricardo Nunes (MDB), que registra 26%.

É o que diz a primeira pesquisa do Datafolha sobre o tema, que tem margem de erro de três pontos percentuais para mais ou menos. Segundo os 1.092 eleitores ouvidos nos dias 29 e 30 deste mês, o deputado Kim Kataguiri (União Brasil) é o nome na mesa com maior índice de rejeição, 35%.

Kim Kataguiri (União Brasil), Guilherme Boulos (PSOL) e  Ricardo Nunes (MDB)
Kim Kataguiri (União Brasil), Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB) - Gabriela Biló, Zanone Fraissat e Karime Xavier/Folhapress

Também empatado em rejeição com Boulos e Nunes está o lanterna da corrida a esta altura, o ex-deputado Vinicius Poit (Novo), com 26% de ouvidos dizendo que jamais votariam nele. Melhor se sai, numericamente, a deputada Tabata Amaral (PSB), embora os 23% que registre a coloquem tecnicamente no mesmo patamar dos concorrentes —com a exceção de Kim.

A pesquisa mostrou o deputado federal Boulos com 32% das intenções de voto. A sua rejeição é maior (37%) entre eleitores que ganham de 5 a 10 salários mínimos, segmento no escopo da classe média pelos padrões brasileiros, que soma 11% da amostra populacional da pesquisa.

Também tem aceitação pior entre moradores da zona norte (34%, num grupo de 21% do eleitorado), entre quem tem de 45 a 59 anos (34%, segmento com 23% dos ouvidos) e homens (35% entre os 47% que compõem o grupo).

Do ponto de vista qualitativo, não avaliado pelo Datafolha, aliados de Boulos dizem que ele precisa trabalhar para amenizar a imagem de radical que os anos de militância como líder do Movimento dos Sem-Teto na capital lhe deram. Boulos é bastante conhecido: 80% afirmam saber quem ele é.

Já Nunes, que marcou 24% de intenções de voto, tem sua maior rejeição entre os mais ricos: 35% dos que ganham entre 5 e 10 mínimos, e 39% entre os 5% que têm renda mensal superior a 10 mínimos. Além disso, o prefeito não teria voto de 36% do volumoso grupo de pessoas com educação superior na capital, 31% da amostra do eleitorado.

Qualitativamente, interlocutores do prefeito dizem acreditar que Nunes, que é conhecido por 79% dos ouvidos, irá melhorar sua posição ao se vender como um tocador de obras pela cidade. Eles apontam também para a necessidade de burilar o perfil mais discreto do ex-vice de Bruno Covas (PSDB), que assumiu após a morte do prefeito em 2021.

O campeão de rejeição, Kim, encontra maior resistência entre quem tem curso superior (45%), mais ricos (50% na faixa de 5 a 10 mínimos, 49% na de acima de 10) e entre quem tem de 25 a 34 anos —neste grupo, que soma 20% dos eleitores, não votam no deputado hoje 43%. Ele é conhecido só por 36% do eleitorado.

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