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Datena processa Marçal e diz que candidato ofendeu sua honra em fala que precedeu cadeirada

Autodenominado ex-coach lembrou acusação de assédio sexual contra jornalista que acabou arquivada; influenciador não comenta

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São Paulo

O candidato José Luiz Datena (PSDB) entrou com ação contra Pablo Marçal (PRTB) na qual afirma que o influenciador ofendeu sua honra e imagem pelas falas que antecederam a cadeirada no debate na TV Cultura no Domingo.

A reportagem procurou a equipe do ex-coach, que não respondeu até a publicação deste texto.

O tucano alega que foi provocado antes da agressão ao adversário. Na ocasião, Marçal disse que o jornalista foi acusado de assédio sexual e que havia pago uma repórter para manter seu silêncio.

Na ação, a equipe jurídica de Datena, formada por Roberto Podval e outros seis advogados, afirma que é "lamentável que um candidato à prefeitura da cidade de São Paulo se utilize desse tipo de artifício para tentar se beneficiar na disputa eleitoral" e cita os diferentes momentos que precederam a cadeirada em que o jornalista foi provocado por Marçal.

Daneta agride pablo Marçal durante debate na TV Cultura
Daneta agride pablo Marçal durante debate na TV Cultura - Reprodução/TV Cultura

A equipe pede pede que o Ministério Público Eleitoral seja notificado para que ofereça denúncia a Marçal por crimes contra a honra de Datena.

No episódio, o candidato do PRTB lembrou a denúncia de assédio e chamou o comunicador de "Jack", uma gíria usada em presídios para identificar acusados de estupro.

Após agredir o adversário, Datena foi expulso do debate, que foi interrompido e voltou ao ar com os outros quatro participantes.

Marçal saiu do teatro para um hospital para receber atendimento médico.

Datena nega ter cometido assédio sexual e disse que o caso, além de ter sido arquivado, teria atingido a sua família e contribuído para a morte de sua sogra, que sofreu três AVCs (Acidente Vascular Cerebral).

A acusação de assédio contra o jornalista foi feita em 2019, quando uma colega de trabalho de Datena na Band o denunciou ao Ministério Público.

A acusação foi arquivada por ter sido apresentada mais de seis meses após o suposto delito. A legislação, à época, estipulava o prazo de até seis meses, a contar no dia do ato, para o direito de representação da vítima.

Após a repercussão, a colega se retratou e protocolou uma declaração no cartório em que afirma ter mentido. Dias depois, no entanto, afirmou nas redes ter sido induzida a se retratar.

Na segunda-feira (16), Marçal disse que iria à Justiça pedir o indeferimento da candidatura de Datena por causa da agressão.

Nesta terça-feira, os adversários voltaram a se encontrar em um novo debate promovido pela Rede TV! e pelo UOL.

Marçal, que participou com o braço imobilizado após ter sido hospitalizado, afirmou que, ao lhe dar a cadeirada, Datena teve um "comportamento de orangotango" e que havia sofrido uma tentativa de homicídio. "Ele não é homem, é um agressor", disse.

O tucano afirmou que não estava "nem um pouco feliz com o que aconteceu", mas disse que "desde criança meu pai ensinou que eu tinha que honrar a mim mesmo e minha família até a morte".

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