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Tréplica

Syriza deixou a imagem de que a extrema-esquerda se curva na hora H; é isso que PSOL quer?

Agradecendo a resposta de Maringoni ao meu artigo publicado na Folha, confesso a minha surpresa ao vê-lo defender o Syriza. De fato, o partido grego enfrentou a União Europeia numa situação de total desequilíbrio. Mas sentou na mesa de negociações com uma bomba na mão: a ameaça velada de sair do euro. Nenhum outro pequeno país tinha tido uma vantagem tática dessas para enfrentar o sistema internacional.

A imagem que fica desse episódio é que a extrema-esquerda se curva na hora H. É essa a imagem que o PSOL deseja?

Permito-me comentar as outras questões levantadas na réplica, que pouco têm a ver com o meu argumento inicial. Marigoni tem toda razão em relação à necessidade de um programa comum, e o momento para isso é ideal.

Ao designar a Constituição como principal alvo do seu mandato contestado, o governo Temer fez um grande favor aos movimentos progressistas: deixou a linha entre esquerda e direita claramente demarcada. O confronto de 2018 se fará entre aqueles que querem consolidar e aqueles que querem desmontar o legado da Constituinte.

Fernando Haddad foi o ministro que melhor desempenhou a missão de ampliar os direitos constitucionalmente adquiridos, ao transformar sistemicamente a educação brasileira. Enquanto prefeito, mostrou que ampliação dos direitos não depende de crescimento econômico, mas sim de boas políticas e de uma gestão honesta.

Combater Haddad pela esquerda nestas eleições não é ser anti-petista. É não entender que a eleição da próxima semana definirá a relação de forças das presidenciais em 2018. Haddad tem todas as condições para fazer de São Paulo o laboratório do novo projeto nacional progressista. Tal como Luiza Erundina trinta anos atrás.

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