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Porto Alegre tem PSDB e PMDB no segundo turno; partidos governaram juntos

O atual vice-prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (PMDB), e o deputado federal Nelson Marchezan Jr. (PSDB) disputarão o segundo turno das eleições municipais da capital gaúcha.

Marchezan surpreendeu ao vencer o primeiro turno, já que era apontado como segundo colocado na última pesquisa do Ibope, de 30 de setembro, com 21% dos votos válidos. Melo aparecia com 31%, na mesma pesquisa.

É a segunda vez que o PT fica fora da disputa do segundo turno em Porto Alegre desde a reabertura democrática. A primeira vez foi em 2012.

Marchezan fez 29,84% dos votos, um total de 213.646, ficando à frente de Melo, que era o favorito, e fez 25,93%, ou 185.655 votos.

Raul Pont (PT) e Luciana Genro (PSOL), que apareciam tecnicamente empatados com Marchezan, fizeram 16,37% e 12,06%, respectivamente. Pont recebeu 177.646 votos e Luciana, 86.352.

A psolista já foi a primeira colocada na primeira pesquisa Ibope, de 22 de agosto, quando aparecia com 23% das intenções de voto. Porém, nas urnas, Luciana acabou em quinto lugar.

O candidato Maurício Dziedricki (PTB) surpreendeu e ultrapassou Luciana Genro. O petebista fez 13,68% dos votos, totalizando 97.939 votos.

Se Luciana ficou de fora do segundo turno, seu partido, o PSOL, elegeu a vereadora mais votada: Fernanda Melchiona recebeu 14.630 votos.

CHAPAS DE SITUAÇÃO

O PSDB de Marchezan e o PP, partido do seu vice, fizeram parte do governo do prefeito José Fortunati (PDT) nos últimos anos, ocupando cargos e formando a base na Câmara de Vereadores.

O PSDB saiu do governo no final de 2015. A chapa de Melo é apoiada por outros 14 partidos. Na prática, os porto-alegrenses terão que decidir entre "duas chapas de situação" -embora Marchezan tenha atacado a Melo.

Melo chegou a responder às provocações, no último debate na TV, dizendo que "Marchezan está criticando ele mesmo. Está há 12 anos no governo e tem responsabilidade nisso que está aí".

Marchezan respondeu que não integrava ou apoiava a atual gestão. O tucano admitiu, porém, que o PP faz parte do governo. Mas disse que o partido "acha que Melo não será um bom prefeito" e por isso decidiu apoiar o PSDB.

Marchezan foi o candidato que mais recebeu doações, com R$ 1,776 milhão. Entre as pessoas que o apoiaram financeiramente estão os empresários da Taurus, empresa de armas, e da Gerdau.

SERRA GAÚCHA

Na serra gaúcha, o ex-ministro de Dilma Rousseff, Pepe Vargas (PT), ficou de fora do segundo turno em Caxias do Sul.

O candidato da situação, Edson Néspolo (PDT), e o vereador Daniel Guerra (PRB) disputarão a prefeitura, com 43,54% e 29,11% dos votos, respectivamente.

Néspolo foi braço direito do governador José Ivo Sartori (PMDB), que foi prefeito de Caxias, de 2005 a 2012. Impopular na capital, Sartori não participou da propaganda de Melo, seu colega de partido e coordenador da campanha estadual, em 2014.

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