Russomanno culpa tempo de TV e fala em disputar governo; Marta não comenta resultado
Joel Silva/ Folhapress | ||
Candidato do PRB à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, durante coletiva após as eleições municipais |
O candidato Celso Russomanno (PRB), terceiro colocado, atribuiu sua derrota ao seu tempo de TV, menor que o dos outros principais candidatos, e indicou que deseja disputar as eleições ao governo de São Paulo em 2018.
Russomanno não conseguiu superar o fantasma de 2012 —quando sua candidatura naufragou após o lançamento da proposta do bilhete único com cobrança proporcional à distância.
Quatro anos depois, fugiu das propostas polêmicas, recauchutou medidas já testadas pelo prefeito Fernando Haddad (PT) e se afastou das questões nacionais.
A jornalistas Russomanno disse que teve pouco tempo para mostrar suas propostas, mas desejou que João Doria (PSDB) faça um bom governo.
O candidato derrotado também afirmou esperar que seu partido endosse sua candidatura ao governo. "Eu tenho pretensões [de concorrer ao governo], sem dúvida nenhuma, mas primeiro passa pelo partido", declarou.
Russomanno ainda alfinetou a adversária Marta Suplicy (PMDB), que ficou em quarto lugar. "Quanto mais ela desconstruiu a minha imagem, mais as pessoas acabaram sabendo que era ela [que o fazia]", afirmou. "Uma pessoa que é senadora pelo Estado de São Paulo minguar do jeito que minguou."
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Veja o mapa de votos de São Paulo |
MARTA NÃO COMENTA RESULTADO
Marta, por sua vez, não falou com a imprensa após a oficialização de sua derrota. Segundo sua assessoria, ela ligou para Doria por volta das 20h para cumprimentá-lo.
Marta acompanhou a contagem dos votos em sua casa, nos Jardins, ao lado de familiares e de seu vice, Andrea Matarazzo (PSD). À noite, ela divulgou uma nota.
"Agradeço aos paulistanos pelos votos conferidos à minha candidatura. Foi uma possibilidade de reencontrar as pessoas [...] e, sobretudo, estar muito próxima do povo mais carente que sempre esteve ao meu lado e me apoiou."
Na reta final, Marta foi associada a propostas polêmicas de seu aliado Michel Temer (PMDB) e ao ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD).