Publicidade
Publicidade
Publicidade

Candidatos à Prefeitura de Porto Alegre trocam farpas em debate

Fotomontagem
Em Porto Alegre, Nelson Marchezan Junior (PSDB) disputará 2º turno com Sebastião Melo (PMDB)
Nelson Marchezan Junior (PSDB) e Sebastião Melo (PMDB), candidatos à Prefeitura de Porto Alegre

Os candidatos à Prefeitura de Porto Alegre, Nelson Marchezan (PSDB) e Sebastião Melo (PMDB), participaram nesta sexta-feira (21) de um debate promovido pela Folha, o UOL e o SBT.

Foram cerca de 20 minutos até a primeira troca de ataques. Melo, vice-prefeito da cidade, questionou Marchezan sobre suas alianças, ressaltando que o tucano, segundo ele, se dizia "totalmente contra isso". "Como o eleitor vai saber em quem está votando?"

"Não critico os partidos. Critico a forma que essa Prefeitura, que o senhor faz parte, se relaciona com os partidos, os sindicatos, as categorias", rebateu Marchezan.

Em resposta, Melo argumentou que as legendas que apoiam o tucano são os mesmos que compõem o governo. "O equívoco é dizer que o senhor é a nova política, que chegou para resolver todos os problemas da cidade."

Ao longo do debate, Marchezan repetiu diversas vezes a palavra "mudança", se colocando como uma possibilidade de renovação para o município.

"O próximo prefeito vai passar pelos anos mais difíceis das últimas décadas. É absolutamente necessário que o governador e o presidente façam diferente. A política exige uma mudança em Porto Alegre", afirmou.

Em resposta ao discurso de Marchezan, Melo disse que "quer fazer muitas mudanças". "Mas mudanças seguras, que são aquelas em que mantemos as conquistas e conseguimos avanços."

Natuza Nery, editora da coluna Painel, da Folha, participou com perguntas para os candidatos no segundo bloco. A jornalista questionou Marchezan sobre ter votado a favor da PEC 241, que, segundo ela, reduzirá recursos para a saúde e educação, caso não seja realizada a reforma da previdência.

"Não seria louco de votar uma PEC que vai diminuir recursos para áreas essenciais nesse momento que quero ser prefeito", respondeu o tucano. Segundo ele, nos próximos cinco anos, o piso para a saúde irá aumentar, pois estará indexado à inflação, e não mais à receita corrente líquida.

Ainda sobre as finanças, Melo prometeu reduzir 30% da máquina pública. "O momento exige isso. Deixamos de receber 100 milhões de repasses, isso evidentemente afeta o serviço da cidade", disse.

MORTE INVESTIGADA

Melo comentou a morte do coordenador do plano de governo de sua campanha, Plínio Zalewski. Zalewski foi encontrado morto ao lado de uma faca na última segunda-feira (17) na sede do partido, na Cidade Baixa.

"Estamos muito doloridos com a perda do Plínio. Não quero entrar em detalhes. O que queremos é a apuração. Temos que confiar e aguardar o resultado."

PRIMEIRO TURNO

Marchezan terminou o primeiro turno em primeiro lugar, com 29,84% dos votos. Melo, vice-prefeito da cidade, teve 25,93%. No comando de Porto Alegre de 1989 a 2004, o PT ficou de fora do segundo turno dessas eleições.

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade