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Eleição em Osasco opõe ex-afilhados de petista

Divulgação
outubro 2016 Rogerio Lins (PTN Foto: Divulgacao ORG XMIT: wMxonrRnABECNRZCVDsv ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***Jorge Lapas Foto: Divulgacao ORG XMIT: oOdKv5PTO4BsgB_yk4TU ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Rogério Lins e Jorge Lapas em campanha pela Prefeitura de Osasco

Em lados opostos no segundo turno em Osasco, na Grande São Paulo, os candidatos Rogério Lins (PTN) e Jorge Lapas (PDT) têm um desafio de campanha em comum: desgarrar sua imagem da de Emídio de Souza, presidente estadual do PT, ex-prefeito e ex-padrinho político de ambos.

Atual prefeito da cidade, a quinta mais populosa da região metropolitana, Lapas deixou o PT em março deste ano, encerrando ciclo de 12 anos da sigla no comando da cidade, que a governava desde a eleição de Emídio, em 2004.

O motivo, diz ele, é um "desapontamento" com o partido. Uma disputa interna, no entanto, também está ligada à saída de última hora do candidato. Segundo a Folha apurou, o ex-presidente da Câmara e condenado no mensalão João Paulo Cunha atrapalhou a candidatura de Lapas, pedindo prévias no PT.

"Eu estava aguentando um peso enorme, indo em restaurante e ouvindo que sou ladrão, e estavam me traindo", afirma Lapas, hoje pedetista.

Lins é vereador e foi secretário municipal na gestão de Emídio. Ele chegou a afirmar em uma entrevista em vídeo, viralizada na campanha via WhatsApp, ter virado "um amigo do prefeito Emídio" após a eleição de 2004.

Em outra entrevista, em 2013, ele afirmou que apoiaria Lapas à reeleição. "Se te falar que eu não sonho em ser prefeito, eu vou estar mentindo, mas também não tenho pressa de que isso aconteça. O prefeito Jorge Lapas está fazendo um excelente mandato", disse.

Hoje, afirma que nunca teve relação com Emídio. "Como eu era vereador e ele era prefeito, tínhamos um bom relacionamento, mas só isso", afirmou à Folha.

ATAQUES

Em campanha bastante dura, os dois candidatos tentam chamar para si o título de representante do "novo" e ligar o rival ao PT, que perdeu força na cidade. Osasco já foi uma das principais bases do partido em São Paulo.

"O PT está apoiando meu adversário", afirmou Lapas durante evento em que recebeu o apoio do presidente da Fiesp, Paulo Skaf, conhecido pelo apoio ao impeachment de Dilma Rousseff.

Lins, apoiado pelo tucano João Doria, rebate afirmando que Lapas continua ligado a seu antigo partido.

"Fico surpreso de ele tentar dizer que é 'o novo', porque faz parte do grupo político que controla a cidade há 12 anos. O PT está no poder há muito tempo", afirmou ele.

Esta é a primeira vez em 24 anos que o PT não está entre as duas principais forças da eleição na cidade: seu candidato, Valmir Prascidelli, terminou em quinto lugar no primeiro turno. A sigla também não elegeu nenhum vereador.

O PT de Osasco afirma que repudia os ataques ao partido no segundo turno, mantém posição de neutralidade e que nenhum filiado está autorizado a manifestar apoio no segundo turno.

Também disse, em nota, que Lapas tenta "afastar sua imagem do partido ao qual obteve a oportunidade de governar" o município.

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