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Em Porto Alegre, apoio de MBL a campanha tucana vira alvo de ataque

Divulgação
Sebastiao Melo 25 de outubro. A caminhada pela Rua da Praia foi bonita! Vem com a gente pra Esquina Democrática! Foto: Divulgacao ORG XMIT: 1v4AQFOIGFiGhFdTQ0dG ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM*** ----------------- Nelson Marchezan Junior 26.10.2016 Foto: Divulgacao ORG XMIT: juU6USXMAqN2V7v6KxRi ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
Os candidatos a prefeito de Porto Alegre Sebastião Melo (à esq.) e Nelson Marchezan Jr.

Em desvantagem nas pesquisas, o candidato do PMDB em Porto Alegre, Sebastião Melo, está tentando usar a associação entre seu adversário no segundo turno, o deputado tucano Nelson Marchezan, com o MBL (Movimento Brasil Livre) para atacá-lo e atrair o voto dos postulantes de esquerda derrotados no primeiro turno.

A estratégia da campanha peemedebista veio na esteira da morte de um de seus coordenadores, Plínio Zalewski, responsável pelo plano de governo de Melo. Ele foi encontrado morto no comitê do partido no último dia 17. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de suicídio.

Nas semanas que antecederam a morte, Zalewski havia sido acusado por um parceiro do MBL em um vídeo de trabalhar na campanha de Melo nos horários em que deveria cumprir expediente em seu emprego público na Assembleia gaúcha.

Além disso, ele era apontado como autor de acusação caluniosa contra Marchezan em três queixas-crime.

Em debates e pronunciamentos, o peemedebista, atual vice-prefeito, criticou a participação dos ativistas na campanha, disse que houve perseguição e cobrou que Marchezan explicasse a sua relação com o movimento.

"Ontem assisti ao deputado Marchezan finalmente falar 'paz' usando o episódio da trágica morte de Plínio. Quero te dizer, Marchezan, que paz a gente não pede, a gente pratica", disse em horário eleitoral três dias depois que Zalewski foi encontrado.

"Tens que parar e explicar qual a tua relação com o Movimento Brasil Livre, o MBL, que persegue pessoas, como fizeram com o nosso querido amigo Plínio", cobrou.

Melo busca atrair o voto da esquerda, que se dividiu entre os candidatos Raul Pont (PT), que recebeu 16,37% dos votos no primeiro turno, e Luciana Genro (PSOL), que teve 12,06%. O PT governou a capital gaúcha por 16 anos seguidos, até 2004, e tem um eleitorado cativo na cidade.

Setores que apoiavam o PT ou o PSOL defendem o voto nulo. O PC do B, porém, defende o voto em Melo.

USO POLÍTICO

À Folha, deputado Marchezan argumenta que seu relacionamento com o MBL é semelhante ao de outros deputados do PSDB e do PMDB.

"Acho a estratégia [de Melo] equivocada porque a minha relação com o MBL é igual à de vários deputados a favor do impeachment", comentou. "Outros deputados, inclusive do partido dele têm também. Então é um troço infantil", concluiu.

O deputado também criticou a tentativa de associar o MBL à morte de Zalewski.

"A tentativa de associar o MBL a determinados fatos que aconteceram na campanha e transformar alguns fatos em questões eleitorais, eu acho que são equívocos dele porque tiram a pauta que interessa, que é Porto Alegre".

Já o MBL criticou o que o grupo chama de "uso político do caso" que eles disseram repudiar.

Ainda não foi feita análise pericial sobre a morte de Zalewski. Se o laudo confirmar a tese do suicídio, a conclusão da polícia será encaminhada à Justiça.

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