As ações do Facebook subiram em quase 3% na quarta-feira (30), depois que a empresa superou suas projeções de receita para o terceiro trimestre, em um sinal de que os recentes escândalos e a atenção mais intensa que ela vem recebendo das autoridades regulatórias não assustaram os anunciantes.
O lucro por ação no terceiro trimestre ficou em US$ 2,12, 20% acima do resultado do trimestre em 2018 e bem acima da projeção de consenso dos analistas, US$ 1,91, na compilação da S&P Capital IQ.
A receita da empresa no terceiro trimestre subiu 29% ante o mesmo período de 2018, para US$ 17,7 bilhões, pouco acima da projeção dos analistas, US$ 17,4 bilhões.
O rendimento líquido no trimestre foi de US$ 6,1 bilhões, um aumento de 19% ante o período no ano anterior. As ações da companhia subiram perto de 3%, para US$ 193, em transações posteriores ao fechamento dos mercados.
“Tivemos um bom trimestre e nossa comunidade e negócios continuam a crescer”, disse Mark Zuckerberg, fundador e presidente-executivo do Facebook.
"Nosso foco agora é fazer progresso quanto a grandes questões sociais e construir novas experiências que melhorem as vidas das pessoas em todo o mundo."
Em seus dois primeiros resultados trimestrais de 2019, o Facebook constituiu reservas de US$ 3 bilhões e de US$ 2 bilhões, respectivamente, para cobrir os custos de um acordo extrajudicial em valor recorde de US$ 5 bilhões que a companhia fechou com a FTC (Comissão Federal do Comércio, na sigla em inglês) em função de violações da privacidade de seus usuários.
Mas a companhia agora enfrenta uma série de outras investigações pelas autoridades regulatórias dos Estados Unidos e da União Europeia, por questões antitruste, e alguns políticos estão apelando por novas regras que restrinjam o poder das grandes companhias de tecnologia.
Separadamente, o Facebook também anunciou na quarta-feira que a médica Susan Desmond Hellman, presidente-executiva da Bill & Melinda Gates Foundation, estava deixando o conselho da empresa depois de cerca de cinco anos.
Ela anunciou em comunicado que tomou a decisão devido às "exigências crescentes" de seu trabalho como executiva, "às demandas familiares e para o bem de minha saúde”.
O Facebook anunciou que deve substituir Hellmann, que era sua principal conselheira independente, nos próximos meses.
Tradução de Paulo Migliacci
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