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Rastros de geleiras derretidas no Alasca são tema de série fotográfica

Americano Hal Gage registrou fenômeno entre 2014 e 2018

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São Paulo

Acostumado a fotografar túneis e cavernas de gelo por três décadas, o americano Hal Gage decidiu voltar-se ao que estava, nesse tempo todo, debaixo de seus pés: a mistura de barro e sedimentos que se forma com o derretimento de geleiras.

"Acredito que, depois de achar o cenário mais bonito, é preciso olhar para o que está fora do enquadramento", diz. 

Assim surgiu a série "Flow: Glacial Silt Patterns" (fluxo: desenhos do lodo glacial), feita entre 2014 e 2018, na qual ele reúne imagens de poças com os desenhos formados pela mistura desses elementos. Para chegar ao resultado, ele ajusta o contraste das fotos em um software.

Os registros foram realizados na geleira Matanuska, a cerca de 100 km de Anchorage, no Alasca, onde vive Hal.

Ele visitava a geleira na primavera do hemisfério Norte, entre o final de maio e começo de junho. Nesse período, o gelo está começando a derreter e é possível ver a mistura com a terra. "Trabalhei nessa série apenas uma semana por ano", afirma. 

O derretimento, diz, se tornou mais evidente com o agravamento das mudanças climáticas. "Há 20 anos, havia montanhas de gelo de até 20 metros de altura próximas à geleira. Hoje, há apenas um campo plano de gelo, sem essas colinas, já derretidas", afirma.

Uma das imagens da série foi premiada no concurso Close-up Photographer of the Year. As fotos devem ser publicadas em livro até o fim do ano. 

Hal também trabalha com design gráfico, além de fotografia. Seus trabalhos podem ser visto no site halgage.com

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