Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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exceto aos sábados.
Luz mais cara pode aumentar importados, diz setor químico
Tarso Sarraf - 20.dez.2012/Folhapress | ||
Vista da usina hidrelétrica de Tucuruí, no Pará, em 2012 |
O encarecimento nas contas de luz pela Aneel (agência reguladora) devido ao nível baixo dos reservatórios deverá afetar a indústria química em 2018, segundo a Abiquim (associação do setor).
A partir desta quarta (1º), serão cobrados R$ 5,00 adicionais para cada 100 kWh consumidos. Até outubro, quando também vigorava a chamada bandeira vermelha nível dois, eram R$ 3,50.
Alguns segmentos eletrointensivos, como o de cloro e de gases industriais, poderão ter uma alta no número de importações já no primeiro semestre, afirma Fátima Ferreira, diretora da entidade.
"Nessas áreas, a energia representa 60% a 70% do custo. Qualquer oscilação diminui a competitividade."
Cerca de 40% da demanda do setor químico no Brasil atualmente é atendida por estrangeiros, diz ela.
A manutenção prolongada da bandeira vermelha dois deverá aumentar a fatia de importados -a Abiquim trabalha com uma previsão que aponta melhora nos reservatórios após março.
Outros setores, como o têxtil, o calçadista e o de alumínio, descartam um impacto significativo por causa da tarifa de luz mais cara.
"As indústrias de alumínio primário negociam diretamente com as geradoras. Pode ocorrer um impacto reduzido nas empresas menores, ligadas à rede", diz Milton Rego, da Abal (do setor).
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Folha Top of Mind premia as marcas mais lembradas do país pela 27ª vez
A atriz Nathalia Dill, que apresentou o 27ª Folha Top of Mind na segunda (30) com Antônio Fagundes repetiu o pedido "sem pular, hein?" às equipes vencedoras do prêmio de que subiam ao palco para receber a estatueta.
Foram 63 categorias premiadas no Top of Mind no Tom Brasil, em São Paulo.
As comemorações dos vencedores no palco são efusivas, as equipes que se revezam levam bexigas gigantes, buzinas, confetes, fazem barulho e se agitam.
Os veteranos estão acostumados com o espírito festivo, diz Adriana Castro, diretora de marketing da Omo: "Fazemos parte há 27 edições, eu já venho há várias".
Os cerca de 1.500 convidados veem o prêmio como coroação de trabalho bem executado durante o ano.
"É algo que precisa ser comemorado, o dia a dia das marcas é competitivo", diz Marcelo Oste, da CVC, que foi a mais lembrada agência de viagens do país.
"É uma zoeira danada, o pessoal do varejo faz a maior festa", resume Delano Valentin, diretor de marketing do Banco do Brasil, vencedor da categoria banco.
A pesquisa, entregue no fim da festa, ajuda equipes a definir suas estratégias.
"Nosso mercado não é auditado, e o Top of Mind é um indicador que aponta para onde devemos centrar esforços", diz Bruno Antonaccio, da Deca, que ganhou entre as marcas de louça.
Os responsáveis pelo marketing das grandes empresas voltadas ao consumo esperam que o próximo ano seja de retomada de consumo, e alguns deles projetam alterar a comunicação com os clientes em potencial.
"Depois de um período de mudanças em processos de gestão, a Petrobras voltará à essência e promoverá a capacidade técnica da empresa", diz Bruno Motta, gerente-executivo da mais lembrada como combustível.
No ano que vem acontecerá a Copa, importante evento para as empresas, lembra Loredana Sarcinella, da Samsung, vencedora na categoria aparelho de TV.
"Fizemos muitos lançamentos de produtos em 2017, e 2018 será para trabalhar conteúdo e marca."
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Em dia A inadimplência de pessoas físicas continuará em queda em novembro, segundo projeção do Ibevar (instituto de executivos do varejo) e do Provar/FIA. A taxa média prevista é de 5,55%, 0,63 ponto menor que a registrada no mês em 2016.
Hermanos O Brasil deverá receber em 2018 mais de 2,7 milhões de argentinos, 20% a mais que em 2017, prevê a Embratur. A estatal estima que os vizinhos movimentem ao menos US$ 1,5 bilhão (R$ 4,9 bilhões) nas visitas ao país.
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com FELIPE GUTIERREZ, IGOR UTSUMI e IVAN MARTÍNEZ-VARGAS
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