Beira-Mar é transferido para presídio no Paraná
O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, que estava no presídio federal de Porto Velho (RO), foi transferido na quinta-feira para a penitenciária federal de Catanduvas (PR).
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Carlos Humberto-24.jun.03/Efe |
O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar |
Beira-Mar estava em Rondônia desde fevereiro deste ano, vindo do presídio federal de Mossoró (RN).
As transferências de presos considerados perigoso entre presídios federais são comuns –nos últimos anos, Beira-Mar já passou por prisões em cinco Estados.
A Folha apurou que há a suspeita de que possíveis aliados do traficante tenham se instalado em Porto Velho para atuar na região norte do país, o que teria acelerado a transferência.
De acordo com o Depen (Departamento Penitenciário Nacional), órgão subordinado ao Ministério da Justiça, um total de 108 presos foram transferidos na quinta-feira passada. As transferências envolveram quatro presídios federais e 23 agentes penitenciários.
De Porto Velho, saíram 19 presos e chegaram nove. Beira-Mar foi o único transferido para Catanduvas.
Do presídio de Mossoró (RN), saíram 11 presos, mesmo número dos que chegaram. Em Campo Grande, 15 presos foram transferidos e 43 chegaram –sendo 20 novos detentos de Alagoas.
O rodízio de presos começou a ser adotado pelo governo federal em 2008, após a descoberta de planos de atentados feitos por Beira-Mar e pelo traficante colombiano Juan Carlos Abadia, que já foi extraditado do país.
SEM INTERNET
Beira-Mar está preso desde o ano de 2002. Aos 45 anos, é considerado um dos principais traficantes do país e membro da facção criminosa Comando Vermelho.
Em julho, ele tentou obter na uma autorização para fazer um curso de gestão financeira, à distância, na Universidade Católica Dom Bosco, em Campo Grande (MS).
Na ocasião, o advogado dele, Luiz Gustavo Battaglin, alegou que o preso tem direito ao ensino, e que a educação ressocializa o detento. A Justiça Federal, no entanto, negou a autorização.
Os procuradores da República suspeitam que a quadrilha de Beira-Mar ainda é atuante e que, se tivesse acesso à internet, controlaria os negócios do bando. A opção dada pela Justiça é que, se quiser fazer o curso, Beira-Mar deve receber o material gravado, sem acesso à internet.
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