Um dia após protesto, Porto Alegre se recupera de destruição
O protesto de segunda-feira (17), em Porto Alegre, resultou em 40 detenções, saques, ônibus incendiado e muita destruição em estabelecimentos comerciais e prédios públicos.
Segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, as detenções ocorreram após confrontos com a Brigada Militar (a PM gaúcha), mas parte dos presos já foi liberada.
A terça-feira (18) é de limpeza dos locais destruídos e de contabilidade dos prejuízos. A manifestação na cidade foi uma das mais tumultuadas do país, com uma série de confrontos com a cavalaria da Brigada Militar.
Na região central da cidade, a avenida João Pessoa, onde começou o conflito com os policiais, concentra locais depredados e equipamentos públicos destruídos, como contêineres de lixo.
Situado no epicentro do confronto, o Departamento de Identificação do Estado, onde são produzidas carteiras de identidade, amanheceu fechado para limpeza de destroços.
Segundo a direção do órgão, oito estações usadas na confecção dos RGs, que incluem computadores e scanners, foram destruídas por vândalos que invadiram o prédio. As portas e a fachada de vidro foram apedrejadas. O departamento vai suspender o atendimento normal durante toda a semana.
Quase ao lado do órgão público, uma revenda da Volkswagen também teve os vidros atacados. A direção da loja afirma que cinco carros à venda foram danificados.
No centro da capital gaúcha, a avenida Borges de Medeiros foi uma das mais afetadas pelos atos de vandalismo. Por ali, passaram manifestantes fugindo da cavalaria da polícia, já no final do protesto, no fim da noite de ontem.
Pequenas lojas e vidraças foram destruídas. Uma agência do Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul), que ainda estava sendo consertada após ser danificada em um protesto da semana passada, foi novamente atacada.
A proprietária de um salão de beleza na avenida Simone da Cunha, 44, fixou um cartaz na frente de seu estabelecimento dizendo: "Fui vítima de vandalismo".
Ela conta que os manifestantes saquearam equipamentos, como secadores, além de destruírem os vidros. Com a porta do salão arrombada, ela passou a noite vigiando o local. "Está todo mundo indignado. Fizeram terrorismo", disse.
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