Ministro busca apoio e universidades federais respaldam Mais Médicos
O governo recebeu nesta sexta-feira (2) o apoio das universidades federais ao programa Mais Médicos, iniciativa do Executivo para aumentar a presença de profissionais no interior do país.
A Andifes (associação de reitores) divulgou nota em defesa da política lançada no mês passado por meio de medida provisória pela presidente Dilma Rousseff. A posição foi tomada após assembleia da entidade realizada em Belém (PA), com a presença do ministro Aloizio Mercadante (Educação), que vem operando para reunir apoio em torno da iniciativa.
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Desde que foi lançado, o programa foi alvo de forte resistência de entidades que representam a classe médica. "Estamos em um processo de negociação e queremos aprofundar isso no Congresso do que gerar disputas. A intransigência não é um bom caminho para a democracia", disse Mercadante à Folha.
Segundo ele, 41 das 59 universidades federais já se dispuseram a dar tutoria aos médicos que aderirem ao programa.
"O programa Mais Médicos, no seu conjunto, tem o mérito de fortalecer o SUS, voltado para atender toda a população, principalmente as parcelas mais excluídas do país. A proposta tem um prazo para ser concluída e, durante esse tempo, a entidade vai colaborar para o aprimoramento e a implantação do projeto no país", informou a Andifes por meio de nota.
Um dos pontos mais criticados pela classe médica ao projeto foi a ampliação em dois anos da graduação de medicina por meio de atendimento exclusivo ao SUS. A resistência acabou fazendo o governo desistir da ideia esta semana. No lugar, ficou a exigência da especialização logo após a conclusão do curso regular. Além disso, o primeiro ano da residência deverá ser no SUS.
Para Mercadante, essa mudança acabou ganhando o apoio de uma "base muito sólida". "Alguns trataram como um recuo, mas é muito melhor dialogar e criar consensos do que aprofundar disputas. O projeto é para melhorar a saúde no país. Não se pode prejudicar os médicos porque não se fará saúde no Brasil sem eles", acrescentou o ministro.
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