Paralisação de motoristas, protesto e chuva vão dificultar tarde em SP
Os paulistanos devem ter uma tarde difícil nesta quinta-feira (19) com paralisação de motoristas de ônibus, protesto e chuva.
Motoristas e cobradores de ônibus vão cruzar os braços novamente, desta vez das 14h às 16h, em protesto contra o reajuste salarial proposto pelas empresas de transporte urbano.
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Na quarta (18), 1,5 milhão de pessoas foram prejudicadas com a paralisação nos 29 terminais da cidade, das 10h ao meio-dia.
Estão marcados para esta tarde três protestos que podem ajudar a prejudicar o trânsito na cidade. Às 14h, manifestantes farão protesto contra o presidente da República interino, Michel Temer (PMDB), em frente à sede da OAB-SP, no centro.
A partir das 17h, manifestantes vão se encontrar na sede da Funarte em São Paulo, na alameda Nothmann (Campos Elíseos), que está ocupada desde terça-feira (17). Organizada por movimentos sociais, está prevista para às 18h30 uma rodada de debates na Faculdade de Direito da USP, no largo São Francisco, no centro.
Segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), órgão da Prefeitura de São Paulo, o dia nesta quinta vai permanecer predominantemente encoberto, com chuva fraca e garoa fina, o que prejudica o trânsito na capital.
A Prefeitura de São Paulo não fará a suspensão do rodízio nesta quinta-feira. Não devem circular hoje das 17h às 20h carros com placas cujo final sejam 7 e 8.
De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), não há nenhuma ação especial para a orientação do trânsito prevista pela companhia para esta tarde.
PARALISAÇÃO
O protesto organizado pelo Sindicato dos Motoristas (Sindmotoristas), que ameaça fechar todos os terminais da capital, que ocorre das 14h às 16h, tende a provocar transtornos por mais tempo, afetando a volta do trabalho.
A categoria reivindica reajuste de 5%, mais a correção da inflação, Participação nos Lucros e Resultados de R$ 2.000 e outros benefícios. O sindicato patronal (SP Urbanuss) propõe aumento de 2,31% e pede mais repasses da prefeitura.
O presidente do sindicato dos motoristas, Valdevan Noventa, atribuiu responsabilidade ao prefeito Fernando Haddad (PT) por benefícios que elevaram os custos do sistema -passe livre para alunos da rede pública, por exemplo.
"Ele concedeu 600 mil gratuidades [a passageiros], aumentou o tempo do Bilhete Único. Quem vai pagar essa conta?", questionou. "Se o prefeito achou que ia fazer assistencialismo para se manter no cargo, ele caiu do cavalo."
O presidente do SP Urbanuss, Francisco Christovam, disse que, "depois dos aumentos dados nos anos anteriores", o reajuste de 2,31% é o máximo que se pode chegar.
O secretário Jilmar Tatto (Transportes) afirmou que "a prefeitura tem cumprimento rigorosamente os contratos".
Nesta quarta, houve passageiros obrigados a desembarcar na chuva e outros que tiveram de sair do ônibus após acabar de pagar a tarifa.
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