Inspetor da FIA diz que procedimento feito no GP do Japão foi correto
Inspetor de segurança da FIA, Charlie Whiting afirmou nesta sexta-feira (10) em Sochi, onde neste domingo (12) será disputado o GP da Rússia de F-1, que mesmo que o horário da largada do GP da Japão, na semana passada, tivesse sido antecipado por conta do tufão que passou pelo país, isso não teria evitado o acidente com Jules Bianchi.
O piloto da Marussia perdeu o controle de seu carro na 44ª volta da corrida em Suzuka e acertou um guindaste que estava na caixa de brita para retirar o carro de Adrian Sutil. Alguns pilotos depois afirmaram que a visibilidade estava muito reduzida por conta da chuva e porque já estava anoitecendo no Japão.
"Falamos com os organizadores e sugerimos fazer a largada às 13h e não às 15h [horário do Japão]. Mas honestamente não acredito que a iluminação tenha tido algum papel no acidente. Claro que se a largada tivesse sido antes teria sido melhor, mas isso não influenciou em nenhum momento a segurança dos pilotos, pois teríamos parado a corrida caso fosse necessário", afirmou Whiting.
"A decisão final é da organização e eles foram irredutíveis quanto ao horário. Falei que se o tempo piorasse muito era capaz de nem termos uma corrida, mas eles preferiram arriscar. Mas isso não influenciou no acidente."
Dimitar Dilkoff/AFP | ||
Inspetor da FIA, Charlie Whiting, e o presidente da FIA, Jean Todt, concedem entrevista em Sochi |
Whiting, que mostrou dois vídeos inéditos do acidente, disse ainda que as bandeiras amarelas foram mostradas no momento certo e que todo o procedimento foi realizado como deveria ser.
"Não acho que era o caso de colocar um safety car na pista porque o guindaste estava lá. Fizemos nosso procedimento normal e o que aconteceu foi uma conjunção de fatores. Vimos que nem todos os pilotos desaceleraram apesar das bandeiras amarelas. No caso de Jules, ele desacelerou, mas ainda não temos todos os dados da telemetria e seria precipitado revelar isso agora", afirmou o dirigente, que está preparando um relatório completo sobre a batida para apresentar a Comissão de Segurança da FIA.
Por suas estimativas, caso Bianchi não tivesse se chocado contra o guindaste e tivesse acertado apenas a barreira de pneus, o francês teria sofrido um acidente parecido com o que o finalndes Heikki Kovalainen teve em Barcelona, em 2008 _ele ficou com o ombro inchado e teve uma leve concussão.
Whiting disse ainda que demorou um tempo até entender o que estava acontecendo no momento da batida em Suzuka, já que as câmeras não mostravam o que tinha ocorrido e o carro de Bianchi estava "escondido" atrás do guindaste.
"Achei estranho o guindaste estar demorando tanto tempo para sair do local porque em Suzuka geralmente eles são bem rápidos. Mas não dava para ver nada e só quando os comissários nos avisaram pelo rádio que alguém tinha acertado o guindaste e que entendemos a situação."
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