Marin não responderá sobre suspeita de suborno em sua primeira audiência
O ex-presidente da CBF José Maria Marin não será questionado nesta terça (14) sobre as acusações de ter recebido suborno em sua primeira audiência na Justiça Suíça desde que foi preso, no dia 27 de maio.
Ele será ouvido em audiência fechada em Zurique, mas responderá apenas perguntas relacionadas ao pedido de extradição feito pelo departamento de Justiça dos EUA.
Estarão presentes na sala os dois advogados da Suíça que cuidam do caso do brasileiro, e um assistente indicado pela Justiça da Suíça e que servirá como intérprete.
Nesta etapa, os advogados e a acusação (representantes da Justiça dos EUA) não fazem perguntas, ou seja, apenas assistem os questionamentos da Justiça suíça com relação a uma possível extradição.
A defesa de Marin informou à Folha que irá recorrer ao pedido de extradição. Os advogados do cartola dizem que irão até à Suprema Corte da Suíça para tentar evitar a medida exigida pelas autoridades americanas.
Marin responde por crimes de fraude, lavagem de dinheiro e conspiração envolvendo recebimento de propina em acordos para a transmissão de competições como a Copa América e Copa do Brasil.
A audiência é o primeiro passo para o processo de extradição do dirigente para os Estados Unidos, onde ele teria cometido os crimes quando ainda era presidente da CBF. Autoridades americanas oficializaram no dia 1º de julho o pedido para que ele cumpra pena no país.
Na sexta-feira (10), a Justiça da Suíça divulgou que um dos sete dirigentes de futebol presos no país desde o dia 27 de maio acusados de corrupção em contratos de marketing aceitou ser extraditado para os EUA.
O nome do cartola, porém, não foi revelado. As autoridades suíças não detalharam tampouco quando o dirigente que aceitou ser extraditado será enviado aos EUA sob escolta da polícia norte-americana, mas informaram que a transferência deve ocorrer em um prazo de 10 dias.
De acordo com a agência "Bloomberg", o dirigente que aceitou ir para os EUA foi o ex-presidente da Concacaf e vice da Fifa, Jeffrey Webb, das Ilhas Cayman.
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