Fifa pedirá que Platini seja banido do futebol, diz advogado do ex-jogador
A Câmara de Instrução do Comitê de Ética da Fifa pediu a expulsão vitalícia do presidente da Uefa, Michel Platini, por corrupção, informou nesta terça-feira (24) o advogado do ex-jogador francês, Thibaud d'Ales.
O advogado descreveu a pena solicitada como um "escândalo" e "excessiva".
A câmara de decisão da Fifa deve pronunciar em dezembro o veredito final sobre o caso, ao qual teve acesso o advogado de Platini.
O caso envolve um pagamento a Platini de 1,8 milhão de euros, realizado em 2011 por Joseph Blatter, presidente da Fifa, por um trabalho como conselheiro em 2002.
O processo foi aberto pelo chefe do comitê, o alemão Hans-Joachim Eckert, com base no relatório final da investigação contra ambos, concluído no fim da semana passada.
Blatter e Platini já estão suspensos provisoriamente por 90 dias outubro.
Platini aguarda o resultado desta investigação para levar adiante o desejo de disputar a eleição para a presidência da Fifa, marcada para 26 de fevereiro. A viabilidade de sua candidatura depende da conclusão desse processo interno.
Blatter, por sua vez, não gostaria de deixar a Fifa pelas portas dos fundos. Ele se despediria do cargo oficialmente no Congresso de fevereiro, convocado por ele após o escândalo de corrupção que levou à prisão de sete cartolas no dia 27 de maio, dois dias antes de o suíço ser reeleito para mais um mandato de quatro anos.
Uma eventual decisão do Comitê de Ética de banir Blatter o tira de qualquer possibilidade de conduzir o Congresso de fevereiro, que reúne as 209 federações filiadas à Fifa.
Ambos negam irregularidades no pagamento de 1,8 milhão de euros . Segundo Platini, o dinheiro é fruto de serviços prestados à Fifa entre 1999 e 2002, mesma versão apresentada por Blatter.
O problema é que essa transação jamais teria sido registrada no balanço financeiro da Fifa, nem mesmo haveria um contrato assinado com Platini em relação a isso.
O valor foi repassado ao cartola francês meses antes da reeleição de Blatter, em maio de 2011, ao cargo de presidente da Fifa -na ocasião, ele foi apoiado pelo ex-jogador francês.
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