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pesquisa
04/11/2003
Volume de informação gerada por ano no mundo dobrou em três anos

WASHINGTON - A quantidade de informação gerada e armazenada a cada ano no mundo chegou a um volume tão grande que cientistas dizem que a Humanidade está sendo engolida por um oceano de dados. O primeiro grande estudo dedicado unicamente à tarefa de medir quanta informação há no mundo estima que em 2002 foram produzidos e estocados cinco hexabytes somente em meios físicos (papel, filme, meios óticos e magnéticos). Isso equivale ao conteúdo de 500 mil bibliotecas do Congresso Nacional dos Estados Unidos, cada uma delas com 19 milhões de livros e 56 milhões de manuscritos.

De acordo com o estudo "Quanta informação? - 2003", da Universidade da Califórnia, em Berkeley, se a quantidade total de informação fosse dividida pelos cerca de 6,3 bilhões de habitantes do planeta, cada pessoa produziria o equivalente a 800 megabytes por ano.

A maior parte da informação é digital, estocada em discos rígidos de computadores. Até porque seria inviável que fosse guardada em papel, por exemplo. Só os 800 megabytes por pessoa equivalem a uma pilha de livros de dez metros de altura. As fotos digitais também começam a superar aquelas produzidas em filme.

O coordenador da pesquisa, Peter Lyman, disse que a quantidade de informação produzida dobrou de 1999 a 2002 e aumenta 30% a cada ano. A maior parte dos dados foi guardada nos discos rígidos de computadores. Porém, mesmo o tradicional papel teve um incremento considerável. A quantidade de dados em jornais, revistas, livros e outros documentos aumentou 43% em três anos. O meio que mais perde espaço é o filme, que estaria fadado a se tornar insignificante dentro de poucos anos.

Lyman frisou, todavia, que quando se fala em fluxo de informação por meios eletrônicos, chega-se a números estratosféricos. Quando se considera o fluxo de informação apresentada em meios eletrônicos - telefone, rádio, TV e internet - chega-se a 18 hexabytes de novos dados por ano. Todavia, a maioria deles é constituída de conversas telefônicas, que respondem por 98%do volume total mundial.

Uma das conclusões que mais chamou a atenção foi o fato de rádio e TV trazerem pouca informação nova. Das 123 milhões de horas de transmissões da TV mundial, só 31 milhões eram de dados novos. Das 320 milhões de horas/rádio, apenas 70 milhões eram realmente originais. O país que mais produz informação é os EUA, que representam 40% do total de dados armazenados. O estudo revela que, em média, um americano adulto passa, por mês, cerca de 16 horas falando ao telefone, 90 horas ouvindo rádio e 131 horas assistindo à TV. A população dos EUA que acessa a internet (53%) gasta, em média, 25 horas on line em casa e outras 74 horas no trabalho mensalmente. Segundo o estudo, 46% do tempo dos americanos é dedicado ao acesso à informação.



As informações são do jornal O Globo.

   
 
 
 

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