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27/10/2003
Comunidade quer transformar Bom Retiro no bairro da moda

O Bom Retiro, bairro na região central de São Paulo — conhecido por ser reduto das colônias italiana, judaica, coreana e, mais recentemente, boliviana ligadas ao setor de vestuário—, comemorou neste fim-de-semana 120 anos de fundação. Mas a festa ainda não acabou. Na sexta-feira, a comunidade apresentará à prefeita Marta Suplicy projeto de revitalização do Bom Retiro, o pontapé inicial para mudar a cara da região.

O plano prevê a recuperação de seis quarteirões da Rua José Paulino, tradicional centro de confecções. As calçadas serão ampliadas, para facilitar a circulação de pedestres, e haverá a troca do piso. As fachadas das lojas e outros imóveis vão ser recuperadas. A revitalização inclui ainda a troca de todo mobiliário urbano (lixeiras etc) da rua.

“Vamos deixar algum espaço para os carros estacionarem, mas queremos priorizar a circulação de pedestres, que é o maior fluxo da rua, principalmente às sextas-feiras e sábados”, explicou Kelly Cristina Lopes, diretora da Câmara de Dirigentes Lojistas do Bom Retiro. Desde o início do ano passado, o bairro sonha com uma reforma que possa modernizá-lo.

Está sendo estudada também a troca da iluminação pública e a transferência da fiação elétrica e telefônica dos postes para tubulação subterrânea. O projeto será bancado pela Prefeitura e pelos lojistas. A segunda etapa prevê a extensão do programa de revitalização para as ruas Ribeiro de Lima, Aimorés, Cesare Lombroso e Silva Pinto. Se Marta der o aval ao projeto, as obras da primeira etapa começarão em janeiro.

A idéia é reforçar a imagem de bairro ligado ao mundo da moda. O objetivo é atrair para suas 1.200 lojas e indústrias de confecções os consumidores de shopping, que procuram marcas de qualidade e de grife, e não apenas atacadistas, que formam hoje a maioria do público.

Enquanto aguardam o início das obras, os moradores do Bom Retiro comemoraram o 120º aniversário com comida típica, danças e shows musicais dos países que contribuíram para formar a sua comunidade. A festa, organizada pelo grupo comunitário Doação, aconteceu no pátio do Instituto Dom Bosco. Hoje, o coreano é a língua mais falada no bairro depois do português.


Everaldo Gouveia
Do Diário de S. Paulo

 
 
 

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