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Dia 06/12/00

 

 


Perfil da juventude acompanha mudanças do mercado de trabalho

Raquel Souza
Especial GD

"Hoje o jovem permanece mais tempo na escola adia sua entrada no mercado de trabalho formal para buscar atividades em que se realize e tenha prestígio social", afirmou Heloísa de Souza Martins, professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Sociais da USP, durante debate ocorrido no auditório da ONG Ação Educativa, ontem, 5 de dezembro.

A especialista afirmou que a juventude brasileira começa a reproduzir atitudes já verificadas em países como Bélgica e Alemanha, em que jovens permanecem mais tempo morando com os pais e deixam para mais tarde compromissos como o casamento e filhos. Essas mudanças, segundo ela, se dão porque é cada vez mais difícil planejar o futuro com a escassez do emprego.

Sobre a permanência dos jovens na escola, o professor Iram Jácome Rodrigues, da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da USP, explicou que é uma condição necessária diante da atual situação do mercado de trabalho. "Mais de dois milhões de postos de trabalho desapareceram na última década e os atuais crescimentos não conseguem acompanhar a demanda de procura", explicou.

Entretanto, o mesmo não ocorre com a juventude de baixa renda - são eles que se submetem a trabalhos menos interessantes do ponto de vista do aprendizado e da ascensão social e continuam a abandonar a escola, ou concluir apenas o Ensino Médio, segundo ele.

Para o professor da FEA, o governo deve criar políticas públicas compensatórias de trabalho para dar aos jovens de baixo poder aquisitivo possibilidades interessantes de desenvolvimento. "O mercado não dá conta de organizar nem seus mecanismos, quanto mais disso", finalizou.


 

 
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