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Conflitos na Geórgia
O conflito entre a Rússia e a Geórgia eclodiu na noite da última quinta-feira (7), quando o governo georgiano lançou um cerco à Ossétia do Sul --que proclamou independência em 1992--, enviando tanques para a região separatista na tentativa de retomar o controle do local. Em resposta, a Rússia --que apóia a Ossétia do Sul-- tem bombardeado a Geórgia.
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Isso tudo mostra que a guerra fria não acabou, apenas não existe mais a disputa entra capitalismo X comunismo, o que existe agora são duas superpotências ecônomicas(EUA e China) e três superpotências militares(EUA, China e Russia).
A Russia que embora não seja uma superpotência ecônomica, herdou o aparato militar da União Soviética, exerce ainda influência nas ex-república soviéticas.A Russia capitalista tenta então voltar a ser a Rússia do Czar, que embora apanhasse bastante, exercia um certo imperialismo.
Os Estados Unidos da era Bush, nada mais é do que a política desastrosa do grande porrete do ex-presidente Theodore Roosevelt a moda Bush, usam o terrorismo como desculpa para suas intervenções militares.
A China é um país aonde a questão dos direitos humanos e meio ambiente são descartados, e além do que é cheia de movimentos separatistas reprimidos por mão de ferro pelo estado.
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Concordo com grande parte de sua análise abaixo. E digo mais: o ocidente e a OTAN permaneceram inertes enquanto a Rússia armava os separatistas desde 1991. Tivesse o ocidente agido no inicio contra essa intervenção russa, a situação teria se resolvido há anos de modo muito mais pacífico. Creio que os EUA e União Européia estavam focados em resolver o massacre sérvio na Bósnia e Kosovo, que ocorria ao mesmo tempo que a primeira guerra separatista na Geórgia (1992 a 1993). Agora, é tarde. O governo separatista está pedindo hoje o reconhecimento de sua independencia pela Rússia e o parlamento russo parece inclinado a aceitar isso. Próximo passo: incorporação dessa dita república 'independente' dentro do território da Rússia. E de outro lado, a OTAN está enviando uma missão de 50 membros para agilizar a entrada da Geórgia e reconstruir infra-estrutura georgiana, bem como a ONU está organizando como gerenciar o auxilio humanitário. Como eu escrevi em outro post, quem perdeu não fio a dupla neo-imperialista Putin-Medvedev, a militarista OTAN e o oportunista Shashkvili. Quem perdeu foram os milhares de mortos desde 1991. Quero dizer que gostei muito de debater com você e o Adriano Alves, todos ganhamos e mesmo os que só leram este fórum também aproveitaram, acredito. Meus sinceros cumprimentos a vocês e espero encontra-los em outros fóruns da Folha para novos e estimulantes debates!
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Eu acredito que a retirada russa do restante da Georgia é inevitável, mas da província da Ossetia eles de fato não vão sair. Os rebuliços que estão acontecendo agora são bem mais leves que os confrontos abertos da semana passada. Em suma, a guerra esfriou e tudo voltou ao que era antes, pelo menos na região. A Russia não quer tomar a Ossetia, ela não ganharia nada com isso além de problemas. O que ela quer é manter a província como está: em pé de guerra com o governo georgiano, pois isso assegura que o país não entre na OTAN. Agora, se a OTAN quiser aceitá-la assim mesmo, paciência; só tenho certeza de uma coisa: a Ossetia eles não vão ter nunca mais.
Mas a questão aqui não é quem venceu e quem perdeu, mas as implicações. A Russia não invadiu a Georgia para mandar um recado a Saaskashvili, esse recado já havia sido dado há tempos, o georgiano é que não ouviu direito. O recado agora é para todos os vizinhos da Russia: ela não ficará inerte diante da expansão da OTAN.
Isso é minha análise, não opinião pessoal. Francamente, não gosto do unilateralismo da OTAN: apoiei a ação em Kosovo, mas o Iraque foi demais. O Afeganistão foi só acordo de cavalheiros entre Bush e Putin. Acho perigoso uma entidade que não respeita nações se expandir assim e o que é pior, ameaçando diretamente uma potência nuclear. Se a Russia é fator desestabilizador na Georgia, a OTAN é fator desestabilizador em toda a Europa e Cáucaso e deveríamos denunciar isso antes de criticar só um lado.
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Esse é justamente meu ponto. Deveríamos ser menos legalistas e mais pragmáticos, pois a questão aqui é de estratégia e não de direito. Uma coisa é um país pleitear um território que é seu por direito, outra bem diferente é fazê-lo com intuito de instalar ali armas contra seu vizinho. E uma coisa é negociar pacificamente, ainda que contra um rival inflexível e melindroso como a Russia, outra bem diferente é atacar primeiro.
A Georgia assumiu o risco ao romper o cessar fogo. É lamentável que um chefe de Estado arrisque a vida de seus cidadãos assim apenas pra conseguir um assento na OTAN e um punhado de mísseis voltados para a Russia. Se esse é o legado que Saaskashvili quer deixar a seu povo, então ele realmente conseguiu uma proeza: fazer em 2 dias mais bobagem do que todos presidentes latino-americanos juntos nas 2 últimas décadas.
A OTAN tomou o Iraque contrariando resoluções da ONU, e o "crime" do Afeganistão foi exercer seu direito soberano de dar asilo a quem quer que seja (no caso, Bin Laden). Em Kosovo o motivo foi bem mais nobre, mas a solução final amputou um território da Servia, mais uma vez violando acordos internacionais.
Ninguém é santo nessa estória. Por mais simpáticos que sejamos à causa dos EUA, sabemos que a OTAN não respeita Estados soberanos nem se pauta pela ONU. Se a Georgia quer entrar numa organização fora-da-lei, tudo bem, mas não adianta clamar por "justiça" depois. Ela deve estar preparada para arcar com as consequências.
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Paulo cezar
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Um país possui o direito soberano de fazer muita coisa, até ameaçar um vizinho. Num mundo perfeito e democrático, esse tipo de coisa não seria possível. Eu acho ocioso debater sobre mundos perfeitos. Vc lembra que a Russia acirra tensões insuflando separatistas, o que é verdade; mas eu afirmo que Saaskashvili é um falastrão sem um pingo de responsabilidade que quer colocar seu país em rota de colisão com a Russia contando com apoio americano.
Só existe uma saída pra confrontos e é negociação. Agora, se vc não está disposto a abrir mão de algo, então deve mostrar que pode mantê-lo. O presidente da Georgia joga com a vida de seu povo e não parece ter um ás na manga.
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cercando ele por todo lado, para ter vantajem no proximo conflito,
Oa trunfos podem sair da propia manga, com um
"Jak Mat"
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Que natutalmente tem que exercer sua influência naquela região. O que encorajou a Georgia a fazer o ataque a ossétia do sul? Se claramente seria uma luta de "davi contra golias"sendo que nesse caso golias esmagaria davi. É muito provável que foram os americanos que deram o aval para um ataque por parte da georgia mesmo sabendo da retaliação russa. É interessante imaginar como seria se a georgia fizesse parte da OTAN,como seria o desfecho do conflito?
Os EUA entrariam em confronto direto com a Russia? E levando consigo toda a europa? E por consequência o mundo? Parece muito claro que um dos pontos,é sem dúvida uma aceleração do acordo entre a Polonia e os EUa sobre o escudo anti-mísseis que eles os EUA querem construir na Polonia. Para sem dúvidas ameaçar a capacidade de dissuasão das forças de mísseis da Russia. Ao que parece o ocidente e o mundo ainda não se deram conta de que a Russia já saiu da situação em que se encontrava depois do fim da URSS,na decada de 90 a Russia,parece ter se cansado de ser colocada de lado nas negociações internacionais. Ou seja...
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Ainda tem otário que leva ele a sério. Que tristeza ser obrigado a aturar (e pagar os salários de) Francisco de Oliveira e outros intelectuais inutéis
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Insisto, querer tratar a questão do separatismo da Ossetia em bases estritamente legais é ocioso. Como vc mesmo ressaltou, há significativas minorias russas no Azerbaijão e outros países do Cáucaso, assim como nos países bálticos, mas isso nunca foi motivo de intervenção militar da Russia, então há algo de muito errado nessa estória. Vários países da região são neutros na disputa Russia-OTAN, mas a Georgia não. Ela não está apenas pleiteando seu legítimo direito, ela tem intuito de se aliar à OTAN e instalar mísseis que tem objetivo claro de minar a capacidade de dissuasão nuclear da Russia. É algo bem diferente de um país invadido que quer expulsar o invasor. A postura da Georgia é claramente belicista, então exigir razoabilidade dos russos é demais. E quem agiu primeiro rompendo o impasse foi a Georgia, isso foi claro. Se vc considera que ela agiu dentro da legalidade, então deves aprovar tb a iniciativa de Chavez na Bolivia, afinal "o gás é deles"..
Os EUA disseram que atacariam Cuba se o país permitisse pouso de bombardeiros russos. Vc considera isso razoável? Qual a ameaça que alguns velhos Tupolev podem representar aos EUA? Eu não faço idéia, mas eles não aceitam e ponto final. E são uma democracia. Como tb não aceitam desenvolvimento nuclear do Irã e (dizem) do Iraque. Se Cuba insistir no projeto vai arcar com as consequências. Se a Georgia quer ingressar na OTAN e ameaçar a Russia, não adianta choramingar depois. Em guerra vence o mais forte.
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